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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Divulgação: Outras Ondas apresenta Elisa Lemos

O caleidoscópio sonoro de Elisa Lemos
Cantora fará sua estreia no projeto Outras Ondas

Diogo Braz

      A timidez genuína de Elisa Lemos pode enganar. Quem vê a jovem cantora e atriz longe dos palcos pode nem imaginar a presença artística por trás da calmaria de sua voz e temperamento. Em frente ao microfone, envolta em música, Elisa se transforma e ganha diversas cores em sua voz de timbre forte e aveludado. 

      Pronta para a sua estreia como intérprete da Música Popular Brasileira, Elisa Lemos fará seu primeiro show pelo Projeto Outras Ondas, às 20 horas do dia 14 de setembro, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas.

Elisa em Outras Ondas - Foto de Fernando Cysneiros

      Baiana de nascimento - ou de estreia, como diz a máxima "baiano não nasce, estreia" -, foi em Maceió que ela fez escola para a sua carreira musical, e também de atriz. Filha do grande guitarrista Toni Augusto, Elisa não teve como escapar da música. Vivendo numa casa habitada pelos acordes, harmonias e artistas, a cantora aproveitou o DNA musical para arriscar as primeiras cantorias. 
       Como a própria Elisa explica, as suas influências se originaram no convívio com o pai, e de diversas expressões artísticas e musicais, que se faz sentir na escolha do repertório de estilos variados, que vai do rock setentista à MPB atual, com direito a uma canção inédita do cantor e compositor Junior Almeida; mistura essa que forma o seu "Caleidoscópio" musical.
      No show Caleidoscópio, Elisa vai estar acompanhada de Toni Augusto (guitarra), Allysson Paz (bateria) e Anderson Silva (baixo).

Cartaz do show


Serviço
Projeto Outras Ondas apresenta: Elisa Lemos, com o show Caleidoscópio
Sexta, dia 14 de setembro, às 20h, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas 
Entrada franca.
Mais informações: (82) 3315-9927

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Além de Nós: Show de lançamento de CD


Além do cover
Banda Além de Nós lança disco autoral no Linda Mascarenhas

Diogo Braz

Arriscar-se, propagar a voz aos quatro cantos com os timbres de seu próprio trabalho é uma missão corajosa, ainda mais para uma banda que conseguiu formar um grupo sólido de seguidores durante alguns anos apresentando covers na noite de Maceió. Mas naquela noite específica de 17 de agosto, os caras da banda Além de Nós apostaram alto e se lançaram além, numa promissora carreira autoral. 
O Espaço Cultural Linda Mascarenhas foi palco do show de lançamento do primeiro disco autoral da Além de Nós, “Que nossas vozes se propaguem”. A noite contou ainda com show de abertura da banda Coffeeshop, discotecagem do Coletivo Popfuzz, e exposições de jovens fotógrafos e artistas visuais alagoanos: Noite movimentada.
Abrindo os trabalhos, o pessoal do Popfuzz mandou um setlist animado, explorando bem uma proposta crossover, de Sublime a Polara. Assim, os DJs criaram o clima para as pessoas curtirem as exposições de Renata Baracho, Rodrigo Lima, Alzir Lima, Thales Soares França, Gabriel Passos e Thayana Baracho: um brinde aos olhos.

Coffeeshop: desplugada - Foto de Diogo Braz
A primeira banda a animar a noite foi a Coffeeshop. Em formato acústico, Serjão (vocal), Felipe De Vas (guitarra e backvocal), Felipe Gomes (bateria), Igor Sandes (baixo) e Alex Campos (guitarra e vocal) apresentaram uma versão mais comportada, mas não menos enérgica, da banda. Com um repertório mesclado por canções próprias e de outros artistas, os caras arrancaram aplausos da plateia com seu som de sabores Hardcore e Pop, levemente defumado em música jamaicana.
Sobre a participação na noite, Serjão explica que a base da parceria é a amizade. “O Bruno (Pereira) chamou o Igor, baixista da Coffeeshop, para fazer parte da Além de Nós. Daí todo mundo se deu bem, criou-se uma amizade”, explica. “Eu sou um cara que valoriza a arte e poder participar de todo o projeto foi uma coisa muito boa pra mim, espero que a parceria continue. E como se diz: que tanto as vozes da Coffeeshop quanto da Além de Nós se propaguem”, comemora.
Abertura cheia de estilo - Foto de Diogo Braz

Além de Nós

Ao subir no palco, a banda Além de Nós mostrou que dá conta do recado. Com nova formação – o remanescente Bruno Pereira (vocal e guitarra), Gabriel Cerqueira (guitarra), Max Cavalcanti (bateria), em retorno ao posto de baterista, e Igor Sandes (baixo) – a banda apresentou as canções do disco para um público que aprovou e aplaudiu. Eles fazem canções com DNA Pop, flertando com o Rock, baladas, Reggae, Hip Hop: música com potencial para agradar diversos ouvidos. Para o vocalista Bruno Pereira, é difícil definir o caldeirão de influências. “É estranho explicar o nosso som. O CD tem várias vertentes; tem o Reggae, o Pop, o Rock Alternativo, eu não sei classificar. Melhor deixar essa resposta pra vocês”, despista. 
Além de Nós coroando a noite - Foto de Diogo Braz
A verdade é que, com onze meses de gravação e outro bom tempo de pré-produção, mixagem e outras lapidadas, “Que nossas vozes se propaguem” é um disco idealizado, feito com carinho, repleto de participações especiais, como Vitor Pirralho, Luiz de Assis, Wado, Ítalo Bruno (Projeto Sonho), Leo Tarja Preta (Eek), Serjão (Coffeeshop), e outros. “Começamos a gravar mesmo em setembro do ano passado e agora, com o disco na mão, vamos correr! Tentar sair daqui e propagar a nossa música, como diz o conceito e o nome do disco”, revela Bruno Pereira.
Para o baterista Max Cavalcanti, o show de lançamento do disco inaugurou bem a nova jornada da banda. “Se puder fazer um trocadilho, a impressão do show foi impressionante. Antes de sentar à bateria não tinha visto como estavam as poltronas, se havia muita gente, e foi surpreendente subir no palco, olhar pra plateia e ver que estava cheia de gente boa, que sempre nos incentivou desde o começo da banda. Eu fico muito feliz em participar deste momento”, comemora Max. Para o baterista, os planos agora são trabalhar e ir além no mercado autoral. “Disco na mão, dizem que fica mais fácil, não é? Então vamos à luta! Vamos trabalhar, ir atrás de mais shows fora de Alagoas, buscar um circuito. Temos alguns contatos e não acho que seja sonhar alto querer rodar o Brasil inteiro com esse disco, uma banda tem de pensar assim mesmo”, adianta o músico, que também é jornalista dos bons.
Amizade dá o tom - Foto de Diogo Braz
     O guitarrista Gabriel Cerqueira, que também integra a banda instrumental Projeto Sonho, é um dos novos membros, mas um antigo colaborador. Amigos há longas datas, Gabriel e Bruno sempre compuseram juntos, inclusive canções que viriam a entrar no disco. “Eu tinha uma banda de Hardcore com o Bruno e a gente já tinha umas músicas em parceria. E, mesmo quando a gente decidiu se separar e cada um montar a sua banda, a gente continuou compondo junto. Dessas composições, ele selecionou algumas e colocou no CD e me chamou pra participar”, explica. Daí para a dupla voltar a tocar junta, numa mesma banda, foi natural. Já integrado à Além de Nós, Gabriel também comemorou a noite de lançamento. “Foi tudo muito prazeroso. A energia foi boa pra caramba, era o que a gente estava buscando fazer, porque o CD é bem pra frente, tem muita energia, e foi justamente o que a gente quis transportar pro show”, explica Gabriel. “Agora é tocar e tocar. Porque a Além de Nós era uma banda que fazia muitos shows aqui com repertório cover e agora passou a ter um repertório autoral, o que facilita a circular em meios mais interessantes. Com o trabalho autoral você circula com a sua cara e sua identidade. Isso facilita artisticamente a você se impor como uma banda de verdade”, avalia o guitarrista. 

As participações especiais

       O rapper Vitor Pirralho, que fez participação especial no disco e também no show, foi um dos grande incentivadores dessa incursão da banda no terreno da música autoral. “Eu acho que fui um dos primeiros a incentivar a galera a fazer o trabalho autoral. Eu vi que aqueles brothers, que tocavam músicas de outros artistas na noite, tinham um grande potencial. E eu, que já estava na música, disse: ‘meu irmão, vamos partir pro trabalho autoral. Beleza, vocês estão ganhando a vida aí na night, mas a gente tem de ter um disquinho na praça’. Olha o resultado aqui hoje, não é?”, comemora Pirralho. “O Bruno me chamou pra participar do disco. Eu estava ali, incentivando o pessoal a gravar mesmo e, depois de tanto trabalho nesses 11 meses, porque é difícil mesmo gravar um disco, eu fico muito satisfeito de ter participado dessa história com a Além de Nós”, afirmou o rapper.  No palco, Pirralho fez aquilo que tem o tornado conhecido além do estado: rimas fortes, sem sair do ritmo, dando mais brilho ao show.
Pirralho e suas rimas de incentivo - Foto de Diogo Braz
      Também subiu ao palco o guitarrista André Cavalcanti, da banda Artehfato, que já fez parte da Além de Nós, assim como o baixista da Eek, Leo Tarja Preta, que esteve na plateia prestigiando os antigos companheiros. “O show foi muito bom, com a abertura da Coffeeshop e a Além de Nós coroando a noite, apresentando o disco e a nova formação. Realmente foi um ótimo show, galera tá de parabéns”, elogiou Leo.
        Felipe De Vas, guitarrista da Coffeeshop, participou do nascimento da Além de Nós e hoje comemora a nova fase da banda. "Eu sou suspeito pra falar, ajudei a bolar o nome da banda, tocava com o Bruninho... E hoje, vendo esse lançamento eu posso dizer que, além de tudo, isso engrandece a música alagoana: esse é o principal da noite de hoje, e quanto mais isso acontecer, mais vai haver valorização musical, da cultura daqui. Isso engrandece cada um de nós que esteve aqui hoje e a revolução vem de dentro", analisou Felipe.
       Com a revolucionária passagem do cover para a música autoral, a Além de Nós se lançou corajosamente além, com boas perspectivas de terem suas vozes propagadas no cenário cultural.




















quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Rápidas: Ateliê Sesc de Cinema

Ateliê Sesc de Cinema continua em atividades no Linda Mascarenhas

Diogo Braz

O projeto Ateliê Sesc de Cinema, realizado pelo Sesc-AL em parceria com o Instituto Zumbi dos Palmares, continua a todo vapor. Dezenas de jovens, moradores do Farol e bairros próximos, estão podendo aprender a paixão pelo cinema, aprendendo na teoria e prática todos os segredos da sétima arte.
Haverá uma série de oficinas até novembro. Atualmente, os alunos participam da oficina de "Be-a-bá" Audiovisual, com a jornalista e cineclubista Nataska Conrado e o auxílio luxuoso do ator Carlos Alberto Barros.
Esta semana, os meninos já estavam produzindo, começando a pegar intimidade com a câmera, recebendo orientações sobre direção, trabalho de ator: Semana altamente produtiva! Confiram nas fotos.


Conhecendo a câmera - Foto de Diogo Braz


Carlos Alberto Barros (de vermelho) e o trabalho de ator - Foto de Diogo Braz





Referenci-AL


Referências no mercado alagoano da comunicação

Diogo Braz

Nos dias 21 e 22 de agosto, o espaço Cultural abriu as portas para a segunda edição do Ciclo de palestras Referenci-AL, promovido pela FAA/IESA com apoio do Instituto Zumbi dos Palmares e diversos outros parceiros.
O evento, organizado por estudantes de Publicidade e Propaganda da FAA, trouxe à tona diversos debates sobre os “Desafios da Comunicação Contemporânea”, com palestras que fizeram exposições de cases de sucesso no mercado alagoano da comunicação, e aí esteve o grande mérito do evento: levar aos estudantes, profissionais e interessados exemplos práticos e reais de como funciona o mercado, pelo ponto de vista de quem está atuando, com destaque, no mercado.
No primeiro dia, as palestras foram feitas por Lis Nunes (Bourdoir esmalteria), Marcos Alencar (Sebrae), Gustavo Boroni (publicitário e fotógrafo), mostrando um pouco do empreendedorismo necessário para se iniciar na profissão e colocar sua força de trabalho à venda.

Palestra de Gustavo Sarmento no II Referenci-AL - Foto de Diogo Braz

No segundo dia, as falas foram de Gustavo Sarmento (GTech Cursos), dos designers do Estúdio Zero Pixel e do publicitário Hermann Fernandes (Chama Publicidade), falando mais uma vez dos caminhos empreendedores, mostrando os caminhos e atalhos para o sucesso profissional do público presente, além de falar sobre as características do mercado, sua constante mutação e sobre a necessidade de se manter atualizado, cultivando a inovação e criatividade.
Foi ponto pacífico entre os palestrantes que a área de comunicação em Alagoas tem as suas características peculiares, que o mercado é difícil, mas que o profissional competente e que joga limpo tem condições de se estabelecer e até mesmo expandir seu talento para outras praças. Apesar de haver concorrência, ainda há espaço no mercado para quem é apaixonado pela comunicação e se dedicar a ela.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Entrevista: Favela Soul


Black music alagoana para todas as cores, credos e opções

Diogo Braz

Eles fizeram um ótimo show na estreia do projeto Outras Ondas e são legítimos representantes dos bairros mais distantes. Conhecida da noite maceioense por seu repertório de versões para sucessos de outros artistas, a banda Favela Soul agradou também com um repertório autoral. Para saber mais um pouco sobre o trabalho e as impressões que eles tiveram do show no Linda Mascarenhas, o Blog do Espaço Cultural Linda Mascarenhas conversou com os vocalistas Jhon Raifer e Nando Rozendo, o Tribo. Tudo e mais um pouco, você também pode saber logo abaixo. Boa leitura!

Favela Soul no palco do Linda Mascarenhas - Foto de Everton Batista


O show da Favela Soul na estreia do projeto Outras Ondas teve uma boa repercussão: casa lotada, elogios do público, muitos aplausos. E para vocês, como foi a experiência, o que acharam do show?
Tribo - Não temos palavras pra descrever o quanto estamos felizes pelo convite do IZP para abrir o Projeto Outras Ondas. A nossa felicidade foi dobrada com a presença de um público que lotou o Linda Mascarenhas. A galera estava num super astral e respondeu com uma energia contagiante do início ao fim. Pra nós, foi um desafio mostrar um repertório fundamentalmente autoral, já que, até então, nosso set list era, em sua maioria, feito de versões. Foi motivador ter essa resposta imediata da plateia, e também ouvir o “burburinho” após a apresentação com as mensagens de felicitações e incentivo que ainda estamos recebendo.

Jhon Raifer - Foi uma experiência extremamente linda e especial. Pra mim, principalmente, porque foi o meu primeiro show com a Favela Soul. Estava muito nervoso, mas depois que nós subimos no palco, a sintonia foi perfeita, parecia que nós já estávamos há um bom tempo na estrada. O público ajudou bastante! O teatro tava lotado! Eles cantaram, dançaram, sorriram e vieram falar conosco depois do show, querendo saber de agenda, contatos, foi incrível!

Jhon Raifer - Foto de Everton Batista


Como vocês enxergam o cenário musical da cidade para o som que vocês fazem? Não existe muita gente fazendo Soul Music autoral aqui em Maceió.
Jhon Raifer - O nosso som é bem distinto do que as outras bandas fazem. As pessoas se importam muito com o que vai vender e não com o que realmente gostam de fazer. É difícil chegar a algum local com suas próprias canções esperando que alguém queira escutá-las. As pessoas estão acostumadas e querem ouvir o que toca nas rádios, mas nós não queremos fazer só isso. Queremos mostrar o que pensamos, o que sentimos, nós temos voz. 

Tribo - Temos uma nova geração de artistas com um trabalho muito interessante em várias vertentes. Além disso, temos um ótimo público, jovem, curioso, querendo ouvir coisa nova e de qualidade. Ainda esbarramos na falta de incentivo para movimentar esse cenário, ver essa galera alternativa ganhar espaço com um trabalho que realmente represente o que nossa cultura tem de melhor, e não ver músicos e grupos tendo que se prostituir musicalmente para poder ver seu trabalho com algum tipo de respaldo em termos financeiros ou de reconhecimento.

Vocês acham que o trabalho que vocês vêm desenvolvendo com o cover atrapalha ou ajuda na formação de público para a música autoral de vocês?
Tribo - Não atrapalha. A gente só toca o que gosta e acaba sendo influência na nossa musicalidade e, consequentemente, tendo relação com nosso trabalho autoral. E também temos o cuidado de dar outra roupagem para as músicas, deixar elas com a nossa cara, e não simplesmente reproduzir. Além de ser prazeroso pra nós tocar músicas que estão na nossa formação musical é interessante a recepção do público para essas músicas conhecidas com uma pegada diferente.

Jhon Raifer - Nós fazemos a MPB (Música Preta Brasileira) e, quando fazemos os covers, estamos mostrando quem são as nossas influências. E o público também gosta disso. Eles querem ouvir algo que também se identificam de uma forma diferente. E essa é a nossa proposta. Não queremos ficar na linha do "mais do mesmo", entende? 

Nando Rozendo a.k.a. Tribo - Foto de Everton Batista

A música de vocês fala muito sobre bandeiras do movimento Black. Como vocês avaliam a sociedade alagoana em relação a essas lutas?
Tribo - Pra nós, é fundamental expressar nosso ponto de vista sobre o que envolve nossas vidas. Nossas músicas tratam de temas do nosso cotidiano e é inevitável falar de temas como desigualdade social, violência, falta de assistência do Estado, coisas que os moradores de bairros periféricos de qualquer lugar estão vivendo no seu dia a dia. A Favela Soul é formada por integrantes que moram em bairros marginalizados, como o Jacintinho, Bebedouro, Feitosa, Colina e que, apesar de formações musicais diversas, temos um ponto em comum, que é a música de origem negra, seja no reggae, hip hop, jazz, funk. Então, é natural que esses temas que são bandeiras do movimento black estejam presentes na nossa música. Mas não se trata apenas da questão do negro, e sim de toda uma massa que está, de alguma forma, sendo privada de direitos básicos e fundamentais para qualquer ser humano. Seja pela cor da pele, classe social, origem étnica, orientação sexual ou opção religiosa. É preciso bem mais que "pão e circo", é preciso ter acesso à educação de qualidade, saúde, moradia digna, emprego, acesso à cultura. Estamos aí pra botar o dedo na ferida.

O que vocês acharam do Projeto?
Jhon Raifer - O projeto é maravilhoso! Está abrindo portas para os artistas da terra que querem mostrar seu talento. Precisamos desse apoio. As pessoas precisam valorizar o que tem aqui. Ninguém imagina, mas temos artistas incríveis que não recebem apoio e nem o valor que merecem. Isso começa pelos próprios amigos que não valorizam, que não apoiam. Sabe, eu tenho, 11 anos de carreira, já fiz vários trabalhos, muitos shows e pode parecer incrível, mas eu conto em poucos dedos de uma mão quantos desses meus "amigos" foram a um show meu. Então a valorização não é apenas da TV, da rádio, dos meios de comunicação em geral, as pessoas tem que rever seus conceitos e aprender a apreciar o quer as pessoas querem dizer. 

E agora, qual será o foco da carreira de vocês, o cover ou o autoral?
Tribo - Nosso foco agora é trabalhar nosso repertório próprio e correr na produção para lançar nosso primeiro álbum. Com esse apoio do IZP as coisas vão se tornar mais fáceis, mas o caminho ainda é longo. Claro que nosso repertório também vai incluir músicas de artistas que são referência pra nós, mas nosso foco agora é o repertório autoral.

Jhon Raifer - Nós queremos continuar mostrando para as pessoas o porquê da Favela estar aqui, queremos continuar mostrando nossas letras, nosso som, a nossa alegria, a nossa raiva, tudo isso em forma de canção. E com certeza continuaremos homenageando – essa é a expressão correta: homenageando – os artistas que nos influenciaram, tocando as suas músicas e, a cada dia, amadurecendo com cada experiência.


domingo, 19 de agosto de 2012

Entrevista: Cris Braun

Cris Braun e seu fabuloso momento

Diogo Braz

Ela lançou dois discos com uma cultuada banda de Rock, três discos solo de MPB e hoje, aos 50 anos, encontra-se em seu momento mais seguro, fruto da experiência adquirida com as primaveras e principalmente com sua lida artística. Não há pressa nem pressão, a cantora e compositora Cris Braun já conhece os caminhos e se diverte experimentando com sua própria produção. Tudo pelo simples prazer de fazer música. 
Seu disco novo está na praça há alguns meses e vem recebendo justas resenhas elogiosas nos quatro cantos do Brasil. Sem fugir dos trocadilhos, o Blog do Espaço Cultural Linda Mascarenhas falou com a autora de Fábula, para saber o que o público pode esperar do seu show do dia 31 de agosto.  
Em entrevista, Cris fala sobre sua carreira, cena musical e principalmente sobre o novo trabalho. Vale a pena conferir a entrevista e o show! 



Você é gaúcha, morou um bom tempo no Rio e hoje fixou residência em Maceió. Como você acha que isso influencia a sua música? Como Maceió te afeta artisticamente?
Tudo me afeta artisticamente. Viver numa paisagem extraordinariamente linda como esta, vivenciar e compartilhar a solitária batalha que é criar espaços, fazer “arte”, e solidificar a cena local, com os poucos recursos que temos. O convívio com os músicos sempre me engrandece e afeta.

Na década de 1980 você fez parte da banda cult Sex Beatles, que teve uma boa repercussão no cenário nacional, tendo circulado inclusive no chamado mainstream. O que você acha que mudou no cenário musical em relação ao cenário dos anos 80?
Pois é, na verdade, o Sex Beatles estão mais para início dos anos 90, mas nossa turma era o mainstream da geração rock BR dos anos 80.
Eu acho que nossa brasilidade foi resgatada, nosso “borogodó”. Eu não sentia essa brasilidade rítmica no Rock BR anos 80. Mas o que mudou tudo neste mundo foi a Internet, né? A gente tem acesso a tanta diversidade, hoje.

Fábula, seu terceiro disco, foi lançado no início deste ano, mas será apresentado pela primeira vez nos palcos no show do dia 31 de agosto, no Linda Mascarenhas. Por que você demorou esse tempo para apresentá-lo ao vivo?
Porque eu sou assim, lentinha (Risos). Montar uma banda, pensar conceitos, montar um show, demora. Todo mundo tem muitos afazeres paralelos e não pode dedicar full time para isto. E eu tinha dúvidas quanto à formação. E como sou chata pra caramba, na dúvida eu não me movo. Preciso ter clareza, certeza para seguir.



Neste show você está acompanhada por um time de músicos que faz justiça ao cognome "Os Fabulosos". Já se sabe que vocês vão mostrar o disco com uma sonoridade um pouco diferente do registro fonográfico. Por que essa escolha? É porque você não gosta de se repetir?
Então... esta foi uma das decisões: Tocar tudo ao vivo. Deixar rolar o som da banda e não somente fazer uma leitura do já feito ali no disco. Tenho tido vontade de ser banda, então não me obriguei a reproduzir roboticamente o disco. Ele está presente, o disco, com a personalidade dos Fabulosos.

O show será uma espécie de celebração da sua carreira, concorda? Será exibido o documentário Memorabília - Sex Beatles, haverá a exposição Mínima orquestra (referência ao seu projeto musical com o guitarrista Toni Augusto, pelo menos no nome) e o show de seu trabalho mais recente. Diante desse retrospecto e da ansiedade da estreia de um novo trabalho, como você enxerga o seu momento atual, a sua carreira? Onde e como vai Cris Braun?
Estou comemorando 50 anos de vida, feitos esse ano. É onde estou. Nunca estive tão perto da resposta ao meu trabalho. E isso é muito bacana. Sempre fui intermediada por departamentos de marketing ou vendas de gravadoras, e isso é um buraco sem fundo. Agora não, sou eu e eu. E isso tem me dado muito retorno.



Mesmo fazendo MPB, você tem uma veia roqueira evidente. Sua música tem timbres atuais e principalmente aquela certa dose de atitude transgressora do Rock. Você acha que isso atrapalha ou facilita a formação do seu público?
BOA!! Olha, eu acho que eu atrapalho a formação de meu público desde sempre. (Risos) ! Sou um camaleão, difícil enquadrar, fazer o que!?!

Como você enxerga o cenário musical de Maceió?
Crescendo e aparecendo, se consolidando, formando a cena. Essa geração de vocês tá mandando ver, tem personalidade, referências diversas. Estão criando o novo e saudável hábito de ser autoral, original e não só covers, cópias.

O que esperar de Cris Braun neste show do dia 31 de agosto e num breve futuro?
Você falou de transgressão, e certa veia roqueira? Acho que juntei os pontos, a boa moça e o moleque. Tudo junto. O show tá mesmo muito massa, como eu brinquei no release. Lúdico, dramático e fabuloso !! Futuro??? hummmm




SERVIÇO
Show - Cris Braun e os Fabulosos apresentam Fábula
Espaço Cultural Linda Mascarenhas (Fernandes Lima, 1047, Farol)
31 de agosto, sexta-feira, a partir das 20 hs.
Qto: 20,00 e 10,00 meia
Informações: 91050401
No site da cantora há informações, links para download de seus discos solo e muito mais. Confira AQUI 



sábado, 18 de agosto de 2012

Entrevista: Guilherme Ramos

Ramos de criatividade para todos os insones
Diretor de Insônia fala sobre o espetáculo e sua produção artística

Diogo Braz

Coincidentemente, eles têm o mesmo sobrenome e, ao que tudo indica, devem ter passado noites em claro por causa de suas mentes artísticas inquietas. Não à toa, o ator, escritor e diretor de teatro Guilherme Ramos se inspirou no insone conto do quebrangulense Graciliano Ramos para construir a montagem da Companhia Teatro da Meia-Noite que está em temporada no Espaço Cultural Linda Mascarenhas: Insônia.
Numa entrevista por e-mail, o inquieto Guilherme Ramos gentilmente fala sobre o espetáculo e mais alguns temas de sua produção artística. Vale a pena conferir o bate-papo e a peça, que fica em cartaz até o dia primeiro de setembro, sempre aos sábados, às 20 horas. 

O espetáculo é inspirado num conto de Graciliano Ramos, como se deu essa escolha? Você não utilizou o texto de Graciliano na íntegra, como se deu o processo de construção do texto do espetáculo?
Era 2006. Estava adaptando “Vidas Secas”, romance de Graciliano Ramos, para teatro de rua. Estava cansado, sem um pingo sono. Insônia das boas. Olhei para o lado e lá estava o livro de contos “Insônia”, também de Graciliano. Dei uma folheada, li o conto, reli o conto, pensei: “isso dá um texto e tanto!”. Virei a noite adaptando. Quase não senti o tempo passar. Foi um trabalho fácil. Prazeroso. O conto era enxuto. Aliás, Graciliano tem essa coisa minimalista no que escreve. Não tive muito o que “cortar”. Apenas segui a linha da história, traduzindo a introspecção literária para a dinâmica teatral. No outro dia, após algumas horas de sono diurno (que nunca repõem o sono da madrugada), vi que a obra completaria 60 anos em 2007... E aí, a magia teatral foi acontecendo.

Mente inquieta


O espetáculo é de 2007, ano em que eram comemorados os 60 anos de lançamento do conto Insônia. Além disso, há outras referências ao numeral 60. Qual é a intenção de trabalhar com essa referência?
O espetáculo tem 60 minutos propositalmente, pois além de uma alusão aos 60 anos do livro e da idade do autor quando faleceu, faz referência às divisões básicas de tempo (60 segundos = 1 minuto; 60 minutos = 1 hora). Simbolicamente, um relógio impiedoso e seu “tic-tac” medonho (que, segundo Graciliano, seria um torturante “sim-não”).

Vocês são uma companhia de repertório, correto? Possuem um arsenal de espetáculos que podem ser apresentados. Por que escolheram Insônia para realizar esta temporada no Linda Mascarenhas?
Insônia se tornou um “xodó” da Companhia. Todos nós gostamos da produção. Mas, por seu conteúdo mais “sério”, foi pouco apresentado nos palcos. O público, de certa forma, prefere o humor – e isso tem de sobra dos outros espetáculos. Daí, quando surgiu a oportunidade de compor a programação do projeto do IZP, foi unânime: “Insônia MERECE isso.” E cá estamos. Em cartaz. Por dois meses. Isso é muito bom.

Insônia é um monólogo em que o personagem narra delírios que o fizeram despertar. O que o espetáculo pretende despertar no público?
Reflexões acerca da mecanização do homem; da inquietude do ser humano versus o condicionamento de animal racional; da dualidade que nos cerca, nos move, mas também, nos imobiliza.

Guilherme Ramos e a palavra


A dúvida entre o sim e o não, tal como a pílula azul ou vermelha no filme Matrix, desenha um dilema que diversas pessoas enfrentam no decorrer da vida. Na sua opinião, quais são os principais dilemas enfrentados pelo teatro alagoano atualmente?
Arte... ou dinheiro? Texto autoral... ou texto da SBAT*? Teoria teatral... ou prática teatral? Teatro de grupo... ou empresa de teatro? Investimento pessoal... ou edital público? Fazer teatro... ou arrumar “emprego”?
(*) Sociedade Brasileira de Autores Teatrais.

Qual a importância das temporadas para o desenvolvimento de um espetáculo?
Sabemos como é difícil entrar em temporada em Maceió. Poucos teatros (com pauta acessível), pouca segurança nas ruas, poucos locais para estacionamento, pouco dinheiro, pouco interesse... Quando alguém decide enfrentar tantos empecilhos e ir ao teatro, precisa ter acesso a um bom trabalho. E bons trabalhos só são alcançados com muitas apresentações, com o público presente. E isso só é possível com longas temporadas. Um final de semana apenas não faz um espetáculo amadurecer. Em alguns casos, um final de semana transforma-se na única chance de um grupo ser conhecido pelo público. Ao seu término, o fantasma da falta de incentivo, além de todos os problemas já citados, podem até “matar” a produção e esta nunca mais ser vista. Uma temporada longa é a antítese desse processo: espetáculo e grupo ganham força com o
passar do tempo, ganham experiência e, é claro, um público.

Você é dono de uma mente criativa e inquieta. Artisticamente, o que tem feito você perder o sono ultimamente?
São tantas coisas... Escrevo um romance há anos; tenho idéias e mais idéias de outros livros (romances, contos, RPG* etc.), alguns já iniciados; há quatro ou cinco textos teatrais que lutam entre si – na minha cabeça – para ver quem será escrito primeiro; há desejos de adaptação de outras obras literárias para o teatro; há textos de teatro (entre eles, um musical infantil) já escritos, ainda inéditos, clamando para serem produzidos; há músicas e trilhas sonoras compostas (e em composição) esperando o momento certo para serem utilizadas; e há meu blog (www.prosopoetica.blogspot.com), onde posto minhas inspirações que não cabem – ainda – nos palcos. Este último é quem tem me confortado, porque a literatura, o teatro e a música exigem mais de você. “Blogar” é mais simples: postou, tá valendo. E qualquer um com Internet, acessa. Por conta disso, tenho investido um pouco mais nele. Estou criando um livro on-line (e gratuito) de contos sequenciados, como se fosse uma série de TV. Cada capítulo-episódio terá começo, meio, fim e desdobramentos para o próximo. A temporada completa deve ter entre 11 e 22 episódios semanais, quinzenais, mensais... É uma experiência nova para mim e não sei no que isso vai dar, mas você pode tirar suas próprias conclusões: book-trailer em: http://prosopoetica.blogspot.com.br/2012/08/post-mortem-video-de-abertura.html. Post Mortem – Quando Tudo Começa, um seriado literário composto por contos sequenciais inundados por um oceano fervente de realismo fantástico, cercado por traiçoeiros icebergs de verdade nua e crua – da vida (pós-morte). 
(*) Role Playing Game (jogo de interpretação de papéis).

Arte com A maiúsculo


O que o público pode esperar do espetáculo Insônia?
Um dos mais sufocantes contos de Graciliano Ramos numa das melhores atuações de um ator alagoano. Marcos Vanderlei dá tudo de si nesse personagem. Sua preparação foi além da literatura e do teatro. Sua performance vai além do corpo. Só assistindo para entender o que digo. Não é marketing. É Arte. Com “A” maiúsculo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Outras Ondas: Favela Soul


Nas ondas da Soul Music alagoana
Favela Soul lota Espaço Linda em noite de estreia de Outras Ondas

Diogo Braz

            Em noite de casa lotada, o Espaço Cultural Linda Mascarenhas foi palco de uma verdadeira celebração da Black Music alagoana, para todas as cores. Sexta, dia 10 de agosto de 2012, estreia do projeto Outras Ondas: cerca de 200 pessoas foram conferir o show da banda Favela Soul e acabaram presenciando uma noite digna de nota. Rap, Funk, Soul, Hip Hop e R&B misturados no caldeirão Pop de Tribo (vocal); Jhon Raifer (vocal); Márcio Costa (guitarra); Zezé (baixo); Rudson França (bateria); e Eli (saxofone). Eles têm a fórmula para compor boas canções no melhor estilo Black –receita lapidada durante anos fazendo releituras de canções de outros artistas – e empolgaram o público com uma apresentação cheia de vigor e animação.


Casa cheia pra curtir a Soul Music alagoana - Foto de Diogo Braz

Era perceptível a alegria da banda em estar ali, tocando um repertório principalmente autoral, com letras que passam uma mensagem boa, de luta e esperança, sem preconceitos. Os olhos e os sorrisos falavam mais que os agradecimentos ao microfone. A conexão com o público também estava afiada, o que criou um verdadeiro clima de festa entre amigos. O vocalista Jhon Raifer comemorou. "Foi uma experiência linda e especial. Pra mim, principalmente, porque esse foi o meu primeiro show com a Favela Soul. Mas parecia que nós já estávamos há um bom tempo na estrada, a sintonia foi perfeita. O público também ajudou bastante, o clima estava perfeito", avaliou.
Para Daniel Maia, que participou o show cantando o cover de “Que Beleza”, de Tim Maia, era o momento de comemorar. “Fico feliz pelo pessoal estar conquistando o seu espaço. Eles fazem um ótimo trabalho, elevando o nome de Alagoas relacionado ao Soul; pra que todo mundo fique sabendo que Alagoas tem a ‘pegada’ também”, revelou. “E principalmente por levar o nome favela pra dentro de um teatro, hoje, falando sobre o cotidiano da periferia, da galera lutadora”, avalia. Além de Daniel, o show também contou com as participações especiais de Walter Limpzah, na guitarra, e Don Raboo, num ótimo momento Hip Hop, evidenciando ainda mais o clima de amizade em cima do palco.


Som cheio de swing - Foto de Diogo Braz

O Público aprovou. A musicista Juliana Barbosa, do grupo Chama Luz, viu a Favela Soul pela primeira vez e elogiou a iniciativa de se abrir espaço para que se conheça a nova música alagoana. “Eu achei uma ótima proposta, abrir espaço para que os músicos possam apresentar o seu som. Eu não conhecia o som da Favela Soul, hoje foi a primeira vez que escutei e achei muito bom, eles têm um som cheio de swing. Tudo ótimo, foi uma noite bem legal”, disse Juliana.
Para o músico Alessandro Victor, a banda mostrou estar na trilha certa. “A banda eu já conhecia, já tinha visto no FEMUFAL e em outras oportunidades, mas eu acho que a banda está mais madura hoje, estão de parabéns”, elogiou.

Outras Ondas

Idealizado pela direção do Espaço Cultural Linda Mascarenhas e direção da TV Educativa, o projeto Outras Ondas é o desdobramento natural do Ondas (da TVE),  projeto em que são exibidos vídeos de bandas e artistas independentes de Alagoas durante a programação do canal público. O Outras Ondas pretende integrar os demais veículos do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP), num esforço para abrir espaço para a produção autoral de atrações com pouco tempo de estrada, em shows abertos ao público que irão se realizar uma vez por mês, numa noite de sexta-feira, faixa nobre de qualquer espaço de eventos, com toda estrutura necessária para um bom espetáculo. Os shows são gravados e devem virar conteúdo exclusivo para as emissoras do IZP.


Bandeiras do movimento Black - Foto de Diogo Braz

Para os músicos da Favela Soul, o Outras Ondas é um projeto necessário. "O projeto é maravilhoso! Está abrindo portas para os artistas alagoanos que querem mostrar seu talento. Precisamos desse apoio!", afirmou o vocalista Jhon Raifer.
Para o blogueiro Gláucio Igor, mais conhecido como Jornalex, o Outras Ondas fortalece a cultura alagoana. “Qualquer proposta de cultura alternativa dentro da cidade é super válida. É isso que falta pra formar a identidade cultural do alagoano. Então, quando o IZP apóia isso, ele está dando raiz pra que esse tipo de cultura continue”, avalia.


Vibração positiva - Foto de Everton Batista

O DJ King Tunes aprovou a movimentação gerada pelo projeto. “Projetos como esse são muito importantes, principalmente por abrir espaço também para a produção da periferia. Quero dar os parabéns para esse projeto realmente fantástico”, elogiou.
O músico Alessandro Victor também aprovou a noite. “A estrutura é muito boa: iluminação, o som do Brebal (Márcio Brebal, técnico de som) é impecável; o público também compareceu em massa”, avalia. “Eu acho que é a sexta-feira perfeita aqui no Farol. Pra quem ainda não veio: O Linda é o point da sexta aqui na Fernandes Lima”. Convite feito, só nos resta aguardá-lo de portas abertas.
A próxima edição do Projeto Outras Ondas acontece no dia 14 de setembro,  às 20 horas, apresentando a cantora Elisa Lemos. Não perca!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ateliê Sesc de Cinema


Sétima arte de educar
Ateliê Sesc ensina jovens a se apaixonarem pelo cinema

Diogo Braz

O mundo cabe numa tela de cinema, muito mais que isso: todos os sonhos e fantasias, ficção ou realidade. Na vida de alguns alunos do CEPA, o cinema também é matéria prima para a educação. Por meio do projeto Ateliê Sesc de Cinema – realizado pelo Sesc-AL com apoio do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) – diversos jovens estão aprendendo, na prática, a fazer cinema.
O projeto já está em sua terceira edição e oferece uma série de oficinas, desde o “Bê-a-Bá” audiovisual, passando por oficinas de roteiro, produção, direção e filmagem e edição, até chegar ao lançamento dos filmes feitos durante o projeto e o envio desses filmes para os festivais de cinema. Para se ter uma ideia do êxito da iniciativa, dois filmes produzidos em edições anteriores do Ateliê Sesc de cinema foram premiados em festivais: “Nome, Idade, Profissão, Onde Mora”, de Viviane Vieira, foi premiado no 21º Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo, como vídeo mais votado na mostra online KinoOikos; e “O velho e a lagoa”, de Márcio Nascimento, foi escolhido o melhor curta ambiental da 7º Cinefest Votorantim, no estado de São Paulo.

No escurinho do cinema - Foto de Diogo Braz

Para a jornalista Nataska Conrado, que ministra a oficina de “Bê-a-Bá” audiovisual, a função do projeto é abrir caminhos para que as pessoas se interessem pela sétima arte. “Esta primeira etapa do Ateliê serve justamente para fazer com que as pessoas se apaixonem pelo cinema”, explica. “É importante para que elas despertem o olhar e vejam as coisas de uma outra forma. Para que, no decorrer das oficinas, eles possam dar continuidade na realização de suas ideias e sonhos e terem interesse de irem ao cinema, teatro, buscar mais informações”, analisa Nataska.
            De acordo com a facilitadora, o Ateliê Sesc de Cinema é um projeto singular, que faz um trabalho mais aprofundado de formação, num ciclo que seguirá até novembro com a mesma turma de alunos. “É um projeto muito interessante, mais longo, que trabalha de forma mais continuada a formação dos meninos”, afirma. “Na primeira edição, alguns jovens até começaram a trabalhar em produtoras, criaram interesse profissional pela área e conseguiram se engajar no mercado”, revela.

A magia do cinema - Foto de Diogo Braz

            Os participantes também enxergam a importância do projeto. Para a estudante Mickaelle Gabryela, o projeto aumentou seu interesse em cinema. “Sempre tive vontade de participar de uma oficina dessas, estou aprendendo muitas coisas que não sabia, de tudo um pouco. Deu vontade de saber mais sobre filmes, ir no cinema”, disse a jovem participante. A estudante Camila Raphaelle está aproveitando as oficinas para adquirir conhecimentos para realizar o seu sonho profissional: ser professora de teatro. “Eu estou achando muito legal porque tem a ver com a área que eu quero trabalhar, o teatro; e essa é uma das partes que eu mais estou aprendendo”, adianta. Para Leiliane da Silva, outra aluna do ateliê, as oficinas também servirão para a profissão que deseja exercer. “Eu pretendo fazer jornalismo ou publicidade, e o que eu mais achei interessante foi quando a gente aprendeu sobre fotografia. As aulas estão muito legais, cada vez mais interessantes”, avalia.
            As oficinas desta edição do Ateliê Sesc de Cinema são gratuitas e acontecem no Espaço Cultural Linda Mascarenhas até novembro. De acordo com a artista visual Alice Jardim, que ministrará oficinas no último módulo do projeto, o local de realização das oficinas facilitou sua ampliação. “A primeira ideia do projeto é trabalhar com os bairros, e como o Farol é um bairro central, terminou que as pessoas dos bairros próximos também vieram e começaram a se inscrever”, revelou.
            A produção cinematográfica resultante do projeto poderá ser conferida no penúltimo mês do ano, mas os resultados do Ateliê Sesc de Cinema já podem ser observados no olhar curioso de jovens alunos, que descobriram no cinema uma nova forma de enxergar a vida.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Divulgação: Cris Braun e os Fabulosos


Lúdico, dramático, fantástico e fabuloso!

Diogo Braz, com assessoria

Lançado este ano, Fábula", o mais recente disco da cantora gaúcha/alagoana Cris Braun, será apresentado pela primeira vez nos palcos, no dia 31 de agosto, no Espaço Linda Cultural Linda Mascarenhas, com o acompanhamento luxuoso dos músicos Fernando Coelho ( bateria ), Eduardo Bahia (guitarras, baixo) Dinho Zampier ( teclados, baixo ), Aldo Jones (guitarras, baixo ), batizados de Os Fabulosos. 
Cris Braun é uma daquelas artistas com veia roqueira. Não que isso coloque a sua "Nova MPB" em um rincão de acesso restrito aos batedores-de-cabeça, muito pelo contrário, a sua veia roqueira amplia os horizontes de sua música para sons e timbres atuais, dão vitalidade aos acordes de sua Música Popular Brasileira. Cris Braun é inquieta e criativa, sempre apontando para a evolução do próprio estilo.
No show que a cantora apresentará no Linda Mascarenhas, além das músicas de "Fábula", serão apresentadas pérolas extraídas do repertório dos Sex Beatles (banda cultuada do início dos anos 90, da qual Cris Braun era vocalista) e outras que passeiam por referências diversas: de trilhas trash e cults do cinema ao rock e à música contemporânea brasileira.
A noite começa às 20hs com a exposição “Mínima Orquestra”- bonecos cubistas de Silvana Mattos, baseados em desenhos de Picasso. 
As 20:30hs, será exibido o documentário “Memórabilia – Sex Beatles”, dirigido pelo cineasta Marcelo Martins e inédito em Maceió. 
Cris Braun e os Fabulosos entram no palco pontualmente às 21:30 hs 

Fábula, o violão e Cris Braun - Foto de divulgação


SERVIÇO
Show - Cris Braun e os Fabulosos apresentam Fábula
Espaço Cultural Linda Mascarenhas (Fernandes Lima, 1047, Farol)
31 de agosto, sexta-feira, a partir das 20 hs.
Qto: 20,00 e 10,00 meia
Informações: 91050401- www.crisbraun.com.br