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quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Arquivo Linda: Elisa Lemos no Outras Ondas


O Projeto Outras Ondas terá a sua terceira edição nesta sexta, com o cantor Moacirleandro. Seguindo a fórmula simples de apresentar o trabalho de novos artistas da música alagoana, numa boa estrutura de palco, som e iluminação, o projeto Outras Ondas espera obter o mesmo sucesso das edições anteriores, como o show da cantora e atriz Elisa Lemos. Lembre como foi esse show que marcou o lançamento dessa jovem e talentosa artista, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, em 14 de setembro.

A voz e a vez de Elisa Lemos
Cantora faz estreia em show brilhante pelo Outras Ondas

Diogo Braz

            Esqueçam a tímida Elisa Lemos que você pode ter conhecido pelos bastidores da música alagoana, ao lado do pai, o guitarrista Toni Augusto. Quando as luzes do palco se acendem, essa jovem cantora e atriz de dezenove anos assume o papel de uma estrela em nascimento, e é completamente convincente. Elisa arrancou aplausos e elogios de um Espaço Cultural Linda Mascarenhas abarrotado de gente, fez um show bonito, com uma presença de palco cativante e uma voz marcante.

Elisa Lemos e Toni Augusto em ação - Foto de Diogo Braz

            Esse foi o primeiro show de sua carreira, uma estreia em grande estilo, pelo projeto Outras Ondas, que pretende levar a produção de novos artistas a um público sedento por descobrir as riquezas culturais de sua terra. A iniciativa é uma ação conjunta de TV Educativa e Espaço Cultural Linda Mascarenhas, com participação da Educativa FM. Um projeto colaborativo que parece ter acertado em cheio na escolha de Elisa para estrelar uma de suas edições.
            No palco, Elisa tem o controle da situação. O bom entrosamento com os músicos Toni Augusto (guitarra e violões), Allysson Paz (bateria) e Anderson Silva (baixo) deixava transparecer um clima agradável em cena, fruto de ensaios e da qualidade técnica desses profissionais da música. Elisa explica como se sentiu em ação. “Acho que consegui me libertar da timidez, sentir cada música, interpretá-las sem fugir de minha essência”, avalia. Os arranjos bem elaborados e a escolha certeira do repertório também mostraram personalidade no trabalho de intérprete de Elisa, imprimindo sua marca em canções de Los Hermanos a Céu. “O repertório é o resultado do que venho escutando desde pequena. Algumas músicas eu conheci há pouco tempo, mas a maioria fez parte de minha infância”, revela a cantora.

Teatro lotado para ver a estreia de Elisa - Foto de Diogo Braz

            Um grande momento do show foi a participação do guitarrista e compositor Gabriel Cerqueira. Ele fez um dueto com Elisa em uma composição sua, que arrancou aplausos da platéia. “Eu conheço a Elisa através do Toni, que é um grande amigo do meu pai. A gente sempre se encontrou em vários momentos família mesmo e quando ela resolveu começar esse trabalho artístico, ela me falou e eu disse que tinha uma música pra ela. Ela gostou da música e me chamou pra participar”, explica Gabriel. “Foi uma satisfação muito grande ver a música sendo apresentada pela primeira vez. Elisa é um talento, já dá pra perceber que ela tem futuro. Quando a pessoa arrepia no palco, é um bom sinal”, elogia.

Elisa botou a plateia de pé - foto de Diogo Braz

O Público aprovou essa estreia musical de Elisa Lemos. Para o vocalista da banda Deslucro, Sandro Regueira, a cantora esbanjou talento. “Elisa mostrou um talento extraordinário, o que a música brasileira precisa: uma pessoa jovem, com expressão e vocação, fazendo aquilo do jeito que a galera quer ver: tinindo, porque a música é acima de tudo arte”, avalia.
O cantor Zé Miltons também aplaudiu o show da cantora. “Eu achei uma grande surpresa, fiquei impressionado e contente com o show. É uma geração nova, que vem crescendo e surpreendendo. Eu achei muito bom”, avalia.
Para Elisa, o público ajudou no sucesso do show “A plateia ajudou muito, todos muito animados; músicos, luz, som... Tudo foi de suma importância! Me senti honrada ao ver uma platéia repleta de amigos, familiares e muita gente que não conhecia também. Achei que a divulgação do show foi muito importante nessa parte”, elogia.

Recebendo o público no camarim - Foto de Diogo Braz

Os planos da cantora agora são de gravar seu disco. Para isso, a jovem Elisa tem mantido os ouvidos atentos para as canções dos compositores alagoanos. Talentosa!
           



terça-feira, 23 de outubro de 2012

Divulgação: Anderson Fidellis e Cabroeira apresentam: Lula Vive


O Baião está de volta ao Espaço Linda Mascarenhas

Diogo Braz, com Release

Acontecerá amanhã a primeira das duas apresentações da segunda temporada do show Lula Vive, apresentado por Anderson Fidellis e Cabroeira.
No show, o cantor e sanfoneiro mostra toda sua habilidade com os instrumentistas da sua Cabroeira para fazer o que eles mesmos definem como um passeio pela história do baião através das belas obras de Luiz Gonzaga, em tributo ao Centenário do Rei do Baião.
O projeto foi contemplado pelo programa Vivência de Arte na UFAL 2012, já esteve em temporada no Espaço Cultural Linda Mascarenhas. 

Anderson Fidelllis e Cabroeira - Foto de divulgação


Serviço
Anderson Fidellis e Cabroeira apresentam: Lula Vive, o baião do Rei no ano do seu Centenário
Dias 24 e 31 de outubro, às 20h no Espaço Cultural Linda Mascarenhas. 
Os ingressos custam R$10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia) 

sábado, 20 de outubro de 2012

LAB: Momo e Franny Glass


Laboratório de estética sonora
Mostrando a música contemporânea, LAB se firma como um dos grandes festivais de Maceió

Diogo Braz

Não é de hoje que os festivais musicais movimentam a produção e os cenários culturais dos locais onde acontecem. Há várias décadas, essas festas da música têm se destacado como oportunidades para que artistas e público se encontrem. Talvez, o que tenha mudado desde o surgimento dos festivais é que eles têm, cada vez mais, segmentado-se. Se o discurso do “não existem mais festivais” ainda ecoa por entre os mais desavisados, em Maceió eles têm dado gás aos artistas independentes e a um público seletivo, que se acostumou a atrações alternativas de qualidade. Os eventos que mais se destacam são o Maionese e o LAB, ao lado do recém-estreado Rock Cordel, patrocinado pelo BNB.
 Sintonizado com as demandas do cenário local, o Espaço Cultural Linda Mascarenhas tem firmado parcerias com esses produtores, ampliando ainda mais o efeito cultural desses acontecimentos no público alagoano. Em setembro, o Espaço Linda abrigou as oficinas culturais do Rock Cordel. Em novembro, irá abrigar algumas das oficinas do festival Maionese. Este mês de outubro, firmou parceria com os realizadores do festival LAB e abriu as portas para a boa música contemporânea.
No dia 07 de outubro, houve a primeira prévia do LAB, no Espaço Linda Mascarenhas, com shows do carioca Momo e do uruguaio Franny Glass. O LAB é um evento já consolidado na cidade, principalmente pela sua proposta estética de compor um lineup repleto de referências contemporâneas do mercado musical alternativo. O primeiro passo desta edição não poderia ter sido mais firme: com dois shows belíssimos, deixou o público que lotou o Espaço Linda encantado e com aquele gostinho de quero mais.


Momo - Foto de Diogo Braz

Momo
O carioca Marcelo Frota é o criador desse projeto de um homem só chamado Momo. Em sua música há uma melancolia recoberta por melodias tristes bem trabalhadas e uma voz calma e suave. Momo, que sempre faz shows acompanhado por sua banda, apresentou-se em formato voz e violão, presenteando a plateia com um raro e belo momento em sua carreira. Ex-integrante da banda Fino Coletivo (que tem em sua formação alguns alagoanos), Momo revelou que sempre quis tocar em Maceió. “Na verdade, estar aqui é a realização de um sonho mesmo. Eu escuto falar de Maceió desde que eu conheci o Wado, em 2001, e também com o pessoal do Fino Coletivo. Eu sei muita história daqui, dos bairros, das praias... isso já estava no meu imaginário. Eu estou muito feliz de poder tocar aqui”, explicou.
Acompanhado somente pelas seis cordas, Momo deixou muitos dos presentes emocionados ao cantar sucessos de sua discografia, como a canção Tempestade. Para o cantor, os festivais independentes proporcionam momentos importantes para público e artistas. “Eu acho os festivais fundamentais para que as bandas viabilizem os seus trabalhos. Eu cresci vendo muita gente tocar em festival, eu era moleque e pensava ‘um dia quero tocar nesse festival também’. Esses eventos potencializam, colocam uma semente na cabeça do artista, do músico. Então, é a possibilidade da coisa começar a acontecer”, avalia.

Franny Glass - Foto de Diogo Braz


Franny Glass
O uruguaio Gonzalo Deniz é um festejado nome da música uruguaia. Integrante da banda Mersey, o jovem cantor e compositor se lançou em um projeto solo chamado Franny Glass, em alusão a personagem de um romance de Salinger. Com três discos lançados, assim como Momo, Franny Glass está mais habituado ao formato voz e violão: assim é gravada a maioria de suas canções. Belas canções, bem trabalhadas, sutis, com letras que versam sobre o cotidiano, retratando a paixão de Gonzalo por livros, canções e cinema.
Tímido e simpático, o músico se encantou por Maceió. “Eu estou muito contente por estar em Maceió, por conhecer a cidade. Tudo o que vi é muito bonito, as pessoas são muito amigáveis”, elogiou.
Sobre o show, Franny Glass soube cativar o público de canção em canção, deixando uma recíproca boa impressão sobre a apresentação. “O show foi super bom, tinha bastante gente, todos aplaudiram, fizeram silêncio. Foi uma plateia bonita”, avaliou. “Eu não sabia o que esperar, essa foi minha primeira vez aqui. A gente sempre espera uma boa reação e deu tudo certo”. Ao cantar a sua versão para a canção “Esquadros”, de Adriana Calcanhotto (com qual ele participa de um disco-tributo latino americano à cantora), Franny Glass fez o público vibrar. “Eu participei desse disco por meio de um amigo, o Rodrigo Maceira, que me levou para tocar em São Paulo algumas vezes. Ele falou sobre esse tributo a Adriana, disse que a ideia era convidar bandas e artistas que poderiam soar interessantes interpretando Adriana Calcanhotto. A partir daí, eu comecei a escutar muito o trabalho dela e também mais música brasileira. Escolhi essa canção, mas nem sabia que era um clássico tão grande dela”, revela.
Sobre festivais como o LAB, Gonzalo também acredita que são ambientes importantes para artistas e público. “A internet possibilita que a gente seja compartilhado e que possa tocar em festivais em locais incríveis que a gente nunca pensou que poderia tocar. E graças a isso eu conheci muitos músicos de outros países, que não teria conhecido de outra maneira. Proporciona uma integração e nos deixa mais atentos ao que se passa internacionalmente”, explica.

LAB
Depois de uma noite com dois shows memoráveis, o LAB terá uma segunda prévia hoje, 20 de outubro, às 20hs, novamente no Linda Mascarenhas, com shows concertos de Lise + Barulhista e Ruído/mm. Imperdível!




sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Divulgação: Outras Ondas Moacirleandro

Nas ondas de Moacirleandro
Cantor lança trabalho autoral no Outras Ondas

Diogo Braz

O Projeto Outras Ondas continua proporcionando oportunidades para públicos e artistas se descobrirem. Uma união multidisciplinar entre órgãos do Instituto Zumbi dos Palmares, o projeto Ondas, da TVE, ganhou mais corpo junto ao Espaço Cultural Linda Mascarenhas, ampliando o alcance de novos artistas alagoanos, em shows que acontecem mensalmente. Todas as atividades também são divulgadas pela rádio Educativa FM, num trabalho conjunto em prol da difusão da música alagoana.

Depois do sucesso dos shows de Favela Soul e Elisa Lemos, o projeto Outras Ondas tem nova edição marcada para o dia 26 de outubro, quando apresentará um show do cantor e compositor Moacirleandro, a partir das 20 horas, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas. Para facilitar o acesso do público a essa nova produção artística do estado, a entrada do espetáculo é franca. O show ainda será registrado pela equipe da TVE e vai virar especial de TV, assim como os demais shows do projeto.
A iniciativa vem sendo elogiada pelos artistas e pelo público, que têm prestigiado as edições do projeto em grande número. 


Moacirleandro

Moacirleandro é natural da Usina Ouricuri, em Atalaia. Aos 17 anos, conheceu o músico Basílio Sé e se encantou com o som do trompete. A partir daí, a história do instrumentista Moacirlenadro começava a ser traçada. Com Antônio Severino, sub-tenente e primeiro clarinetista da banda da Polícia Militar de Alagoas, teve as primeiras aulas de solfejo musical. Firmou-se como trompetista em Santa Luzia do Norte, fazendo parte da orquestra Independente do povoado. Com o tempo, passou a atuar no mercado musical tocando em diversos grupos. Descobriu a sua voz e virou cantor, compositor e instrumentista. Moacir também faz parte da história da Orquestra Contemporânea de Alagoas, da UFAL, e do COROETFAL.

Moacirleandro - Foto de divulgação

No palco, o artista pretende apresentar um show com 15 músicas, sendo oito de sua autoria e as demais de artistas alagoanos como: Carlos Moura, Basílio Sé, Junior Almeida, Mácleim e Toni Augusto. Acompanhando Moacirleandro, estarão no palco Disraele Nascimento (produtor musical), Gustavo Alves (violão e guitarra), Gordo batera (bateria), Igor (Baixo) e a participação especial do baterista Rodrigo batera.

Serviço:
Outras Ondas apresenta Moacirleandro em show musical.
Dia 26/10, às 20 horas, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas
Entrada franca

Seminário Infância e Adolescência na atualidade

Seminário debate Infância e Adolescência na atualidade
Diogo Braz, com assessoria

Acontece hoje, às 19 horas, no Espaço Linda Mascarenhas, o Seminário do Studio de Psicanálise “Infância e Adolescência na atualidade". O evento visa Promover um diálogo sobre o tratamento, atenção e cuidados endereçados a crianças e adolescentes na atualidade. Para isso, o debate será ampliado entre profissionais de diversas áreas que compartilhem estudos e práticas sobre a Infância e Adolescência, abordando diversos saberes que a contemplam, entre eles: Saúde, Educação e Cultura.
Os conferencistas do seminário são Maria Helena Barros  (Psicanalista, CPPL, Recife-PE) e Maria Cicilia de Carvalho Ribas (Psicanalista, CPPL, Recife-PE).
Público-alvo do evento é composto por Psicólogos, Psicanalistas, Nutricionistas, Fonoaudiólogos, Educadores e profissionais e estudantes de áreas afins.
As inscrições ainda podem ser feitas pelo email studiodepsicanalise@gmail.com, no valor de R$ 20.



Stúdio de Psicanálise 
É um grupo formado por psicólogos e psicanalistas que compartilham o interesse comum pela clínica psicanalítica em seus diferentes aportes. Esse grupo foi criado a partir da necessidade de aprofundar estudos nesse campo e do interesse em criar espaços de diálogos com outras áreas. 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

LAB: Lise e Barulhista + Ruído/mm


LAB apresenta cine-concertos no Teatro Linda Mascarenhas
Release assessoria

Após a noite de abertura, que contou com shows do uruguaio Franny Glass e do carioca Momo, o Festival LAB dá continuidade à programação da edição 2012. Desta vez, em parceria com o Instituto Zumbi dos Palmares e Tela Tudo Clube de Cinema, o festival recebe o cine-concerto “O Gabinete do Dr Caligari”, com os músicos mineiros Lise e Barulhista, além do show da banda paranaense Ruído/mm. O evento, realizado no Teatro Linda Mascarenhas, tem início às 20h e a entrada é gratuita.

Lise e Barulhista - Foto de divulgação

Com o objetivo de resgatar a atmosfera dos primórdios do cinema, em que as projeções de filmes mudos eram acompanhadas por trilha sonora executada ao vivo, Lise e Barulhista apresentam a trilha sonora desenvolvida para o clássico alemão “O Gabinete do Dr Caligari “ (1920), de Robert Wiene. Apontado como uma das primeiras obras-primas e marco no cinema de suspense e terror, o longa metragem de Wiene é uma referência estética importante até os dias de hoje.  
Encerrando a noite, vem o grupo ruído/mm (lê-se ruído por milímetro). A banda, em 2011, lançou o disco “Introdução à Cortina do Sótão", o terceiro da discografia. O álbum esteve presente em diversas listas de melhores do ano e consolidou o grupo como um dos nomes mais interessantes da safra de bandas instrumentais brasileiras. Com uma sonoridade que mistura elementos do pós-rock, punk, psicodelia, jazz e até mesmo tango, o grupo faz sua estreia em Maceió.

Ruído/mm - Foto de divulgação


Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) - Instituto de comunicação pública do estado de Alagoas. Através de seu aparelho cultural, o Espaço Linda Mascarenhas, desempenha funções e projetos culturais, bem como apoia iniciativas de valor artístico e cultural relevante para a sociedade alagoana. 
Tela Tudo – Criado em março de 2008, o Tela Tudo é um cineclube e coletivo de experimentação audiovisual que realiza sessões mensais de cinema e projeções artísticas em Alagoas. A proposta é experimentar superfícies como tela para os audiovisuais e gerar acesso a filmes de diferentes gêneros, épocas e temáticas com base nos Direitos do Público. O coletivo também produz filmes e realiza oficinas de cinema e formação cineclubista. As sessões são gratuitas. 
Festival LAB - O Festival LAB, criado em 2009, tem como proposta apresentar ao público alagoano novas tendências sonoras, com ênfase no que de novo está sendo produzido na música contemporânea. O evento, que cresce a cada ano, vem se consolidando regionalmente por mesclar artistas com destaque recente no cenário musical brasileiro e bandas com propostas mais experimentais.

Serviço:
Lise e Barulhista (MG) apresentam “O Gabinete Do Dr Caligari”
Ruído/mm (PR)
Local: Linda Mascarenhas
Dia: 20 de outubro de 2012
Horário: 20h
Entrada franca

domingo, 14 de outubro de 2012

Arquivo Linda: Insônia


O espetáculo teatral Insônia, da Companhia Teatro da Meia-Noite, foi selecionada para integrar a programação do palco Deodoro do Projeto Alagoas em Cena 2012. A peça esteve em temporada de um mês, em agosto de 2012, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas. Lembre como foi!

O bom Teatro não dorme
Saiba como foi a temporada de Insônia no Linda Mascarenhas

Diogo Braz

O Espaço Cultural Linda Mascarenhas, por meio de seu projeto de temporadas teatrais, vem abrindo espaço para o teatro alagoano e possibilitando que as companhias teatrais de nosso estado desempenhem um trabalho mais completo de formação de seus espetáculos, em temporadas que ampliam o público para a arte de representar e aperfeiçoam as montagens.
Em uma temporada elogiada pelo público, a Companhia Teatro da Meia-Noite trouxe ao palco do Linda a peça Insônia, baseada no conto homônimo de Graciliano Ramos. Trata-se de um monólogo onde o único personagem narra delírios que o fizeram despertar. Durante a noite, a dúvida obsessiva entre um "sim" e um "não" o atordoa e o confunde, frustrando a vontade de dormir. Essa tênue linha entre “realidade e ficção”, “indivíduo e personagem”.

Marcos Vanderlei entre o sim e o não - Foto de Diogo Braz

A proposta inicial foi realizar cinco apresentações teatrais em precisos 60 minutos. O diretor do espetáculo, Guilherme Ramos, explica o motivo dessa escolha cronometrada: “Além de uma alusão aos 60 anos do livro e da idade do autor quando faleceu, faz referência às divisões básicas de tempo (60 segundos = 1 minuto; 60 minutos = 1 hora). Simbolicamente, um relógio impiedoso e seu tic-tac medonho”, revela.
A montagem da Cia. Teatro da Meia-Noite é primorosa e acerta em apostar no talento de um ator repleto desse ingrediente. Marcos Vanderlei, o insone, realmente se entregou ao personagem e imprime naturalidade e plasticidade a um texto clássico e difícil. “O processo de criação desse personagem foi muito intenso. Eu já tinha feito outro texto do Graciliano numa montagem do Lael (Correia, diretor do IET) e percebi que os livros do Graciliano são narrativas em primeira pessoa e que alguns elementos do texto de insônia também estão presentes em outros textos. Então, eu tive de reler muitos livros, e fiz uma mescla disso tudo no meu personagem”, explica Marcos Vanderlei. “Também tive de ficar sem dormir, enclausurado por 15 dias. No processo e produção da peça foram muitos dias de insônia, acompanhando tudo com o pessoal que participa da peça”, revela o ator.
O público aprovou a empreitada da companhia e principalmente de Guilherme Ramos, o diretor e adaptador do texto, em trazer para o palco a angústia do homem diante das dicotomias do cotidiano.
Para o professor Jeferson Bernardes, que assistiu à estreia do espetáculo, destacou-se a atualidade do texto de Graciliano Ramos. “Eu fiquei muito impressionado com a qualidade do texto de Graciliano, como um texto clássico tem capacidade de mexer com a gente independente do tempo, da época. Essa lógica binária com que a gente leva a vida, do tic tac, do sim ou não, é muito atual, fala das novas tecnologias, da nossa vida cotidiana”, avalia. “Achei um espetáculo muito bom. A montagem, a interpretação do artista, tudo foi muito bom. Gostei muito”, elogiou o professor.
A atriz Dinah Ferreira parabenizou o ator Marcos Vanderlei pelo desempenho. “O espetáculo é muito bom de se ver e, como sempre, o Marcos Vanderlei está em uma atuação fantástica. Está de parabéns”, elogiou.

Elogiada atuação - Foto de Diogo Braz

Insônia é emblemático para a companhia. Com o espetáculo, foram premiados em alguns editais nacionais, levaram seu teatro para Alagoas e outros estados, sempre com boa recepção do público. “A recepção tem sido legal, principalmente no interior. Quando a sessão é aberta para debate é ainda melhor, porque o pessoal quer saber mais sobre a narrativa e outras coisas, é muito interessante”, avalia Marcos Vanderlei.
Para a atriz e produtora Rochelli Messias, membro da companhia, Insônia é emblemática para o Teatro da Meia-Noite. “A peça tem trazido muitas alegrias para a companhia desde a sua primeira montagem, em 2007. Era um trabalho bem diferente do que a gente vinha fazendo até então, um espetáculo mais intimista, de literatura pura. Acho que, também por isso, a gente guarda um carinho especial por Insônia”, revela. “Particularmente, eu sou apaixonada por insônia. Acho que o Guilherme conseguiu, de forma bem peculiar, fazer um teatro simples e clássico, isso me atrai como público e como artista”, elogia.

Xodó da companhia - Foto de Diogo Braz

Com a proposta da temporada teatral, a Cia Teatro da Meia-Noite teve oportunidade de resgatar e aprimorar seu repertório, encenando uma peça de perfil menos comercial. “Um dos motivos para a gente escolher fazer uma temporada com Insônia foi justamente não permitir que esse espetáculo morresse. Nós temos três peças ativas no nosso repertório e Insônia, por ter menos apelo junto ao grande público, acaba sendo o menos encenado. Então, aproveitamos a oportunidade para encená-lo. O Espaço Linda Mascarenhas é perfeito para o espetáculo, nós só temos a agradecer essa iniciativa do IZP”, agradece a produtora Rochelli Messias.
Insônia se tornou um ‘xodó’ da Companhia. Todos nós gostamos da produção. Mas, por seu conteúdo mais ‘sério’, foi pouco apresentado nos palcos. O público, de certa forma, prefere o humor – e isso tem de sobra dos outros espetáculos. Daí, quando surgiu a oportunidade de compor a programação do projeto do IZP, foi unânime: ‘Insônia merece isso’. E cá estamos”, explica o diretor Guilherme Ramos.
Se você não conseguiu assistir ao espetáculo no Linda Mascarenhas, agora tem mais uma oportunidade. Vale a pena conferir o espetáculo na programação do Alagoas em cena 2012. Fique atento ao cronograma do projeto.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

II Circuito de Design de Alagoas


Outubro respirará design com o II Circuito de Design de Alagoas
Com o tema “Caminhos”, o evento acontecerá nos dias 17 e 18 com atividades diversificadas para estudantes e admiradores

Release assessoria do evento

    O ensino superior do Design em Alagoas é um fato recente, se compararmos aos demais cursos que se instalaram no Estado. É com o objetivo de dar inicio as mobilizações em torno do desenvolvimento da área, entre os estudantes, que foi criado o Circuito de Design. O evento acontecerá nos dias 17 e 18 de outubro, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas e terá uma festa de encerramento, a [BAR]HAUS, no Novo Orákulo, no dia 19, às 22h. O valor das inscrições custam R$ 44 apenas para o Circuito e R$ 55 para quem também deseja ir à festa, que será aberta ao público, sem necessariamente ter que participar do evento. Para efetuar as inscrições, o link virtual pode ser acessado na Fan Page do Facebook –www.facebook.com/IICircuitoDeDesign - ou pelo emailincricoescircuitodesign@gmail.com.


    Nessa segunda edição, o evento propõe o tema “Caminhos”, que discutirá a identidade do design alagoano, além de fomentar a ampliação de possibilidades que o estudante pode adotar para encontrar por ele mesmo a sua identidade profissional. Para tanto, as quatro principais secções do design serão contempladas: produto, gráfico, moda e interiores. A programação conta com oficinas, palestras e uma mesa redonda especial que discutirá o tema central do Circuito, a identidade local.
   As oficinas são o diferencial dessa edição em comparação com a do ano passado. Essas atividades acontecerão pelo período da manhã e algumas delas já confirmadas são os minicursos de intervenção urbana e cenografia. Já as palestras contarão com o professor e designer especialista em cenografia, Anderson Silva; o estilista especialista em peças conceito, Leonardo Sandres; a professora Doutora Rossana Gaia, que discutirá os interiores em ambientes midiáticos; o designer gráfico Thiago Reginato, que comanda o estúdio paulistano Tipocali, especialista em tipografia e caligrafia; entre muitos outros nomes.
    A festa [BAR]HAUS, que tem esse nome em homenagem à escola alemã Bauhaus, encerrará o evento, com os Djs Arthur Fininzolla e Pitão e a discotecagem de Laetitia. E já que a festa homenageia um grande ícone clássico da história mundial do design, nada melhor que comemorar com um outro clássico, só que da música. Direto da Argentina, a banda StarBeattles tocará os sucessos dos garotos de Liverpool, os Beattles. A festa contará ainda com a projeção de ilustrações de Pedro Lucena e o desfile de moda de Larrareta.

SERVIÇO
II Circuito de Design
Dias: 17 e 18 de outubro (quarta e quinta-feira)
Festa de encerramento: [BAR]HAUS
Dia: 19 de outubro (sexta-feira)
Local: Espaço Cultural Linda Mascarenhas
Valor da inscrição: R$ 40 inscrição simples e R$ 55 inscrição + festa
Contatos para inscrição e mais informações: www.facebook.com/IICircuitoDeDesign ou pelo email incricoescircuitodesign@gmail.com

Realização: Centro Acadêmico de Design de Interiores (CADI) do IFAL
Apoio: Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) e Espaço Cultural Linda Mascarenhas, Zero Pixel, Revista Zupi, Instituto Federal de Alagoas (IFAL), Dan Brito Empório, Tipocali, Novo Orákulo, Whytna Cavalcante Produção Cultural, Sebrae, Larrareta, Gtech Cursos, Escritório Joana Teixeira e Vivaldo Chagas Jr, Faullas Decoração e Eventos e estúdio Cena Design 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Entrevista: Naara Normande

Pérola de reportagem
Naara Normande fala sobre seu primeiro livro e a grande reportagem

Diogo Braz

Naara Normande é uma jovem e talentosa jornalista nascida em Manaus, radicada em Maceió, residindo atualmente em Salvador. No seu processo de especialização profissional, encantou-se pela grande reportagem e a adotou como estilo favorito de escrita. Mantendo o olhar sensível à realidade das pessoas comuns, Naara revela verdadeiras pérolas de histórias de vida em seu primeiro livro "Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas”, que será lançado nesta terça (09.10.2012), às 20 horas, no Espaço cultural Linda Mascarenhas. A jornalista falou em entrevista exclusiva para o Blog do Linda Mascarenhas sobre o seu processo de escrita e muito mais. Vale a pena conferir:

Naara, este é seu primeiro livro, resultado de sua pesquisa de especialização em Comunicação Jornalística. Como nasceu o interesse em pesquisar e escrever sobre a vida dos ostreicultores?
Inicialmente, pensei em temáticas relacionadas aos mares e lagoas, que tão bem representam nosso estado. Como o turismo, a pesca e captura de sururu já tinham sido retratados em publicações e também na mídia local, procurei por outras atividades ligadas a esses ecossistemas. Sabia da existência desse projeto de ostras na Barra de São Miguel, mas não tinha ideia da dimensão. Na apuração das informações, vi que existiam muitos investimentos, capacitações e uma mobilização crescente em torno dos cultivos de ostras em Alagoas. Quando fui conhecer os cultivos percebi que ninguém ainda tinha parado para ouvir e registrar como era o dia a dia daqueles produtores: a rotina de trabalho, as dificuldades e as esperanças de uma vida melhor. E então decidi que mostraria o lado que poucos conhecem.

Naara e o talento para contar histórias - Foto de acervo da autora


Em tempos de microblogs, onde as pessoas parecem ter pressa e pouca disposição para leitura, por que você escolheu o formato de grande reportagem para contar essa história? Você acredita que o "micro texto" é uma tendência e que isso influencia de alguma forma na maneira de contar histórias, inclusive nas grandes reportagens?
A grande reportagem é o formato jornalístico que mais me encanta. No TCC da graduação na UFAL escrevi uma grande reportagem sobre a presença dos estudantes africanos em Alagoas, mas eu  tinha muita vontade de escrever um livro reportagem onde seria possível aprofundar, detalhar e problematizar ainda mais um tema. Acredito que o prazer pela leitura é a questão central. É muito bom se envolver em uma narrativa, independente se o suporte dela é impresso ou digital. Agora, claro, na web e nos suportes móveis como os tablets e smartphones temos outros recursos que nos auxiliam para contar as histórias de uma maneira ainda mais atraente. E não acredito que o micro texto influi na grande reportagem, são propostas diferentes. Considero que essas "pílulas" de textos estão mais relacionadas as informações que os usuários precisam em tempo real, seja para saber dados sobre o trânsito, um jogo de futebol ou o que houve de importante na cidade e no mundo naquele momento.    

Como essa vivência com os ostreicultores te tocou pessoalmente; qual a pérola mais preciosa que você extraiu dessa experiência?
Para escrever o livro, tive contato com mais de vinte ostreicultores de quatro cultivos (Maceió, Barra de São Miguel, Passo de Camaragibe e Coruripe). Conversávamos nos cultivos, nas casas dos produtores e também na sede das associações. Apesar da ostra ser o ponto em comum, foi interessante perceber as diferenças em cada cultivo que visitei: a forma como os grupos se organizam, o apoio que recebem, a visibilidade que possuem. Mas foi uma produtora de Ipioca, a Dona Célia, a que mais me cativou. Ela é uma senhora amargurada com a vida, de palavras muito fortes, mas encara tudo com muito humor e com uma espiritualidade que impressiona. 


Olhar atento á realidade ao redor - Foto de acervo da autora


Pode-se dizer que você, que nasceu em Manaus, cresceu em Maceió, especializou-se em São Paulo e agora mora em Salvador, pôde observar realidades, costumes e culturas diversos. Quais são os elementos das histórias dos ostreicultores alagoanos que lhes tornam universais, ou pelo menos semelhantes às histórias de outros "Brasis" que você conviveu?   
Esses ostreicultores, assim como vários outros trabalhadores, enfrentam dificuldades relacionadas à inadequação das políticas públicas, como a falta de moradias adequadas, saneamento básico, educação, saúde, e ainda assim persistem com a esperança de melhoria da qualidade de vida. Claro que muitos produtores desistiram devido à falta do retorno financeiro, mas, de maneira geral, os grupos vêm tentando resistir porque é o trabalho que possuem, além de ser um local a mais para a convivência de vizinhos e familiares.

Como você enxerga o mercado editorial para as grandes reportagens?
Acredito que ainda há muito espaço a conquistar, principalmente o apoio de editoras e interessados na viabilização dessas publicações. Cabe a nós procurarmos temas que sejam relevantes e abordá-los de uma maneira diferenciada. Em relação às produções, hoje temos vários livros reportagens, a maioria elaborados por estudantes de Jornalismo, e também obras referências como as de Caco Barcelos e Eliane Brum. 
  
Pergunta clichê, mas ainda necessária: Quais as dificuldades enfrentadas para se publicar um livro em nosso país, principalmente em Alagoas?
Em relação ao apoio para publicação desse livro, não tenho o que reclamar. O Sebrae e a Edufal, parceiros do livro, se interessaram pela temática e possibilitaram a concretização do material, do financiamento à revisão editorial. A maior dificuldade foi enfrentar todo o processo burocrático, mas também porque foi minha primeira experiência. Espero agora a parte mais importante da publicação do livro: o retorno do público. 


segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Divulgação: lançamento do livro Entre uma ostra e outra, de Naara Normande


Pérola de jornalismo em livro sobre ostreicultores de Alagoas
Naara Normande lança seu primeiro livro no Linda Mascarenhas

Diogo Braz

Uma das máximas do jornalismo é que o repórter deve ter um olhar atento para descobrir as melhores histórias: A notícia pode estar em qualquer lugar, até mesmo escondida numa ostra, tal como uma pérola. É isso que o bom jornalista deve fazer, extrair histórias valiosas de onde menos se espera. E foi isso que fez a jornalista Naara Normande, em seu primeiro livro “Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas”, que será lançado no dia 09 de outubro, às 20 horas, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas.

A dura realidade da ostreicultura em Alagoas 

Resultado de monografia de especialização de Naara, o livro é uma grande reportagem sobre a vida de homens e mulheres produtores de ostra em quatro cultivos de Alagoas, em Ipioca (Maceió), na Palatéia (Barra de São Miguel), em Passo de Camaragibe e em Barreiras (Coruripe). O dia a dia dessas comunidades é difícil e guarda histórias de luta e esperança, universais, como a de milhares de pessoas neste país. Os produtores não conseguem sobreviver apenas do molusco, pois o mercado ainda é restrito, e conciliam seus afazeres com outras atividades relacionadas aos mares e lagoas, uma realidade retratada com técnica e sensibilidade pela talentosa jornalista.

Naara Normande
Nascida em Manaus e criada em Maceió, Naara vem fixando residência em outras cidades – como São Paulo e Salvador – aprimorando seu olhar no contato com diversas realidades, com a certeza de que gosta de contar histórias de pessoas comuns, seja no suporte impresso ou digital.

Naara Normande - talento para descobrir e contar boas histórias 

É jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas, com Especialização em Comunicação Jornalística pela Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. Atualmente, é aluna do programa de Mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia.
“Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas”, editado pela Edufal, é o seu primeiro livro. Feliz com o resultado, Naara agora compartilha nas linhas de sua grande reportagem as pérolas mais valiosas de uma gente simples e cheia de esperança: suas histórias de vida.

SERVIÇO
Lançamento do livro “Entre uma ostra e outra: histórias de vida dos ostreicultores de Alagoas”, de Naara Normande
Terça, 09 de outubro, às 20 horas, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas
Aberto ao público