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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Oficinas teatrais para alunos do Cepa

A arte de educar
Oficinas de teatro servem de ferramenta para formar cidadãos


Diogo Braz



Se a arte é capaz de transformar, o teatro se apresenta como uma ótima ferramenta educacional. Os jogos teatrais criam elementos bastante interessantes para a pedagogia, que podem auxiliar educadores a trabalhar diversos conteúdos com públicos de diversas idades. Seguindo a linha de atuação do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, que acredita que a sociedade deve ter acesso facilitado à arte, principalmente num contexto escolar, ligada a atividades de formação, é que as portas do Teatro Linda Mascarenhas têm estado abertas para atividades como as oficinas de teatro desenvolvidas por Mauro Braga e por Carlos Alberto Barros.
O Teatro e o fluxo da vida - Foto de Diogo Braz

As duas oficinas utilizam o teatro como ferramenta para formar - principalmente - pessoas melhores.  



Companhia de teatro do Cepa

O ator e diretor Mauro Braga é um nome conhecido na cena do teatro alagoano. Com trabalhos bem recebidos pelo público e crítica, o homem do teatro acredita que o teatro serve para a vida. "O Teatro faz com que os alunos se soltem, melhorem a atenção e concentração, ensina o trabalho em grupo, faz com que esses jovens tenham mais foco até mesmo na sua própria vida. O Teatro é vida, por isso a arte não pode estar desvinculada da educação", afirma Mauro.


Oficina de Mauro Braga - Foto de Diogo Braz
A iniciativa da oficina nasceu da ideia de formar um grupo de teatro do Cepa. Mauro acredita que o trabalho é longo, mas necessário. "A oficina serve pra despertar o gosto pelas artes cênicas, uma oficina de primeiros passos. Futuramente, eu creio que sairá daqui um grupo de teatro do Cepa. Certamente isso vai levar tempo, até porque a matéria prima do teatro é o tempo", prevê.


Luz, câmera, Teatro - Foto de Diogo Braz

Os alunos têm aprovado a iniciação à arte da interpretação. A jovem Maynara Silva enxerga na oficina uma oportunidade de obter conhecimento. "É uma oportunidade especial, uma coisa boa. Estamos tendo contato com nossa cultura, obtendo mais conhecimento, aprendendo a lidar com nossas emoções. Eu nunca tinha tido contato com o teatro antes e estou adorando", revela. Para a estudante Iris Ferreira, a experiência do teatro vai ser levada para toda a vida. "Eu acho que a gente tem a oportunidade de se descobrir com o Teatro. Pra certas coisas do dia a dia a gente leva experiências que aprende aqui, tem sido muito bom", avalia Iris.

Corpo e linguaguem

O jovem ator, produtor e diretor Carlos Alberto Barros é um incansável homem das artes. Dedicado a diversos projetos, principalmente na área de produção, Carlos acredita no potencial educativo da arte e vem desenvolvendo ações teatrais com estudantes da rede pública de ensino. A mais recente está acontecendo em parceria com a professora de Língua Portuguesa Lis Calisto, da Escola Estadual Professora Irene Garrido, e trata-se de uma oficina multidisciplinar que trabalha o Teatro e a Literatura. "A ideia era que, através desse trabalho multidisciplinar, a gente pudesse também conhecer um autor alagoano. Por isso a escolha de Jorge Cooper, um autor contemporâneo nosso, pouco conhecido, e com um trabalho interessantíssimo", revela a professora Lis Calisto.


Carlos Alberto em cena - Foto de Diogo Braz

Para o diretor Carlos Alberto Barros, a identificação dos alunos com a poesia de Jorge Cooper facilita o processo. "A intenção é trabalhar a expressão corporal através da literatura e poesia de Jorge Cooper, que é uma poesia bastante ligada com o cotidiano da nossa cidade. Então o objetivo é trabalhar esses textos através do corpo, para trabalhar a expressividade completa da garotada", explica Carlos Alberto. 


Expressão corporal e poesia - Foto de Diogo Braz

Para a estudante Andressa de Albuquerque, a oficina é inovadora e necessária. "É interessante e diferente. A gente não tinha esse contato com o teatro na escola. Foi bem divertido. Eu não tinha ouvido falar ainda no Jorge Cooper, estamos lendo livros e eu adorei", revela a jovem. 
Ao fechar das cortinas, são exemplos como esses que acendem a luz no fim do túnel - não somente para o Teatro, mas para a educação - ao lembrar que a arte pode ser uma ótima ferramenta na formação de jovens cidadãos.  

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