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quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Exposição Anne Frank, uma história para hoje

"Anne Frank, uma história para hoje” no hall do Linda

Diogo Braz

O Espaço Cultural Linda Mascarenhas recebe, no período de 5 a 13 de dezembro, a exposição “Anne Frank, uma história para hoje”, que relembra a trajetória de uma das personagens mais marcantes do holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial. A exposição, que tem caráter informativo e pedagógico, é promovida pelo Museu Judaico do Rio de Janeiro, com o apoio do Consulado Geral dos Países Baixos e - aqui em Maceió - com o apoio do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP).
Produzida pela Anne Frank House, sediada em Amsterdam, na Holanda, a exposição, que foi inaugurada na Áustria em 1996, é itinerante e chega pela primeira vez a Maceió, a partir do projeto Anne Frank no Brasil. “Anne Frank, uma história para hoje” já passou por mais de 60 países, foi vista por mais 100 mil pessoas no Brasil e 11 milhões em todo o mundo.


Composta por painéis com reproduções fotográficas e textos explicativos abordando a ascensão do nazismo; o expurgo de seres humanos considerados diferentes; a atitude individual das pessoas; o Holocausto e a importância dos direitos humanos e da atitude individual. Devido ao caráter pedagógico da exposição, em Maceió, o projeto contou com a participação de estudantes entre 11 e 18 anos da Escola Municipal Manoel Coelho, que foram selecionados e treinados para atuarem como monitores. Além de ter ficado aberta à visitação gratuita para todo o público, a exposição ainda recebeu grupos agendados de estudantes da rede pública de ensino.
Para o estudante universitário Pedro Barros a participação dos alunos como monitores acrescentou muito à exposição. “Achei superinteressante toda a exposição, principalmente pelo fato de crianças estarem explicando os painéis. Isso nos faz uma relação um pouco com a própria idade da personagem da exposição: crianças da idade dela falando sobre a história dela... isso desperta ainda mais a sensibilidade do público”, avalia.
Para a médica Carla Maciel, a morte precoce de Anne Frank foi uma perda para a humanidade. “Eu já havia lido assim ‘por cima’ a história de Anne Frank, li pouca coisa de seu Diário e o que me chama a atenção é a maneira como que ela escreve, apesar de ser muito nova, dá para ver que ela já era uma ótima romancista. O mundo, com certeza, perdeu precocemente um talento literário.

Anne Frank e o Holocausto
A vida de Anne Frank serve como fio condutor para abordar um período complexo da história da humanidade. Nos painéis da exposição, a história da vida de Anne Frank é contada com sensibilidade através da perspectiva da família Frank e é relacionada à história do Holocausto a partir do relato de sobreviventes. Outro ponto interessante é que a exposição também convida o visitante a pensar sobre as semelhanças e diferenças entre aqueles eventos do passado e o mundo atual, com o objetivo de estimular a reflexão sobre a importância de conceitos como tolerância, respeito mútuo, direitos humanos e democracia.
Anne Frank foi uma garota judia que, para escapar do horror do nazismo, escondeu-se junto a sua família e mais quatro pessoas em uma espécie de porão de uma casa em Amsterdam. Nos dois anos de confinamento, ela escreveu em um diário, que havia sido dado de presente por seu pai no seu aniversário de 13 anos. Além de ter servido como confidente, o Diário de Anne Frank traz uma história real, escrita com incrível sensibilidade e que até hoje traz lições de amor e tolerância. Publicado em 1947 e traduzido para mais de 70 idiomas, os escritos dessa adolescente recém saída da infância tornaram-se um documento histórico de um período de dor e amargura que ainda ecoa no mundo, principalmente na Europa.

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