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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Divulgação: O Pequeno Príncipe - Janeiro e fevereiro 2018

Cativante Trupe do Linda
Grupo teatral formado no Linda Mascarenhas está em temporada com O Pequeno Príncipe

Diogo Braz

Formada por alunos da Oficina de Teatro do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, a Trupe do Linda vem lapidando a peça “O Pequeno Príncipe” há cerca de 4 anos. Nesse tempo, já realizaram algumas temporadas com a montagem, encenaram a história em outros teatros e conquistaram a confiança para iniciar 2018 com uma nova série de apresentações do clássico de Antoine de Saint-Exupéry. As sessões acontecerão nos dias 14 e 21 de janeiro e nos dias 24 e 25 de fevereiro, sempre às 17 horas, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas.
Elenco - foto de Diogo Braz

A Trupe do Linda nasceu do interesse de jovens alunos da rede pública estadual de ensino pelo Teatro. Matriculados na oficina de Teatro do Linda Mascarenhas, aparelho cultural do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP), o grupo de jovens foi incentivado pelo professor e diretor do espetáculo, Carlos Alberto Barros, a uma incursão mais séria na arte dos palcos. Primeiro, construíram juntos o texto da peça “A primeira vez a gente nunca esquece”, que ainda consta no repertório do grupo. O passo seguinte foi imprimir a identidade da Trupe na peça infantil “O Pequeno Príncipe”: Missão cumprida com sucesso. Desde lá, o empenho e dedicação desses jovens atores vem cativando o público a cada temporada. Vale conferir.
Processo criativo na Oficina de Teatro - Foto de Diogo Braz


Local: Espaço Cultural Linda Mascarenhas (ao lado do Cepa)
Dias: 14 e 21 de janeiro e 24 e 25 de fevereiro
Horário: 17 horas
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia)

Informações: (82) 98803-2918

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Divulgação: Negreiros

Negreiros será apresentada no Linda Mascarenhas
Espetáculo da cia alagoana LaCasa, que aborda temas escravidão e abolição, será apresentado nos dias 5 e 6 de janeiro, às 20h

Assessoria

O que aconteceu com os libertos após 13 de maio de 1888? O que o Brasil fez com eles? Assunto ainda atual no século 21, a Companhia Artística LaCasa traz em Negreiros o por que, ainda nos dias de hoje, é preciso abordar essa questão. É necessário falar sobre ser negro em um país de maioria negra, mas de minorias negras. A política brasileira do século 19, época da Lei da Abolição no país, não é tão diferente da atual.
O espetáculo Negreiros será apresentado no Espaço Cultural Linda Mascarenhas, no Cepa, bairro do Farol, nos dias 5 e 6 de janeiro, às 20h, com ingressos a R$ 20 inteira e R$ 10 meia.

Foto de Bero Carvalho

Preconceito, perseguição, esquecimento. A relação opressor e oprimido é colocada em cena. Mágoas, lutas, superação e enfrentamento para a construção de um ser humano melhor, mais respeitado e reconhecido. Com Negreiros, a Cia alagoana LaCasa aborda a questão da abolição em nosso país e coloca no palco o quanto ainda é difícil, na prática, as palavras CIDADÃO, RESPEITO e SER HUMANO.
O texto é do jornalista e ator Abides Oliveira, que assina a direção com Fátima Farias. A direção musical é do compositor e músico Gama Júnior, figurino e cenário da socióloga e atriz Ane Oliva, desenho de luz de Fátima Farias, figurino e orientação artística cena “África” de Nani Moreno, música e preparação maculelê de Rodrigo Pedrosa, tradução e orientação yoruba de Jorge Riba, arte de Abides Oliveira, fotos de Bero Carvalho e produção de Abides Oliveira. O ator e músico Gi Silva, da banda RaizKanoa, forma o elenco com Abides Oliveira. Uma das músicas da banda, “Leve Brisa” de autoria de Gi Silva, faz parte da trilha musical do espetáculo.
As apresentações do Teatro Linda Mascarenhas da peça Negreiros tem apoio cultural da Benefisio, Namastê Produções, Instituto Eu Mundaú e Instituto Zumbi dos Palmares.

Local: Espaço Cultural Linda Mascarenhas
Dias: 5 e 6 de janeiro
Horário: 20h
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

Informações: (82) 99930-9866

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Projeto Vivência e prática de canto

O canto da oficina
Projeto oferece aulas gratuitas de canto no Linda Mascarenhas

Diogo Braz

Abrem-se os cadernos de partituras e soltam-se as vozes. Desde o início de setembro, o Espaço Cultural Linda Mascarenhas vem sendo um tipo de ateliê de cordas vocais na oficina “Vivência e prática de canto”, idealizada e ministrada pelo Maestro Max Carvalho e pela soprano Elvira Rebelo, e realizada pelo Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Alagoas (Seduc). No projeto, são oferecidas aulas gratuitas de canto, em uma ampla abordagem, desde as técnicas de respiração até os aspectos teóricos e históricos que envolvem a música como um dos mais preciosos patrimônios culturais da humanidade.


Os ministrantes da oficina, Max Carvalho e Elvira Rebelo, dispensam apresentações, estando entre os nomes mais respeitados da música erudita em Alagoas na atualidade. Com a proposta de levar à comunidade o vasto conhecimento da dupla em um processo contínuo, e participativo, em encontros semanais, às 15 horas das terças, a oficina já é um sucesso de procura, tendo preenchido todas as suas vagas em apenas dois dias. Além da turma inicial de 15 pessoas, o “Vivência e prática de canto” também abraçou os alunos do projeto “Canto da terra”, do Centro de Arte e Mediações Culturais (Camec), da Seduc, e também atua no aperfeiçoamento de mais um importante coral para o estado. 
Como base de todas essas atividades está o papel social das artes. “A realização de atividades musicais por cantores, estudantes de canto e pela comunidade permite a ampliação e o desenvolvimento de novos parâmetros comportamentais”, revelam Max e Elvira. “A vivência do canto em grupo propicia aperfeiçoamento aos cantores atuantes e uma nova perspectiva a quem está sendo inserido no universo da prática do canto”, avaliam. 

É certo que a arte toca e transforma, aguça uma percepção de mundo diferenciada e passa a preencher a vida das pessoas com mais beleza e entusiasmo. Quem já era iniciado no mundo da música poderá contar com um arsenal de técnicas valiosas e um acompanhamento especializado que certamente melhorará sua voz e seu repertório. Quem está iniciando o mergulho agora terá a oportunidade de ser guiado por instrutores hábeis, o que permitirá a formação de uma nova maneira de experimentar as canções e o prazer de cantar. 

A primeira amostra dos resultados desse processo está prevista para acontecer em dezembro, durante o primeiro recital dos alunos da oficina. No mesmo mês, também está prevista uma apresentação do coral do projeto Canto da terra. Além disso, há planos para mais apresentações e concertos, sempre abertos para a população, buscando contagiar e formar público para as talentosas vozes de Alagoas. 

terça-feira, 25 de julho de 2017

Divulgação: Projeto Linda Gato Negro e José Paulo

Agosto com sorte nas artes
Gato Negro e Mestre José Paulo são atrações do Projeto Linda de Música e Artes Visuais

Diogo Braz

Se a superstição sugere ligar o alerta quando o calendário anuncia o mês de agosto, o Espaço Cultural Linda Mascarenhas afasta qualquer agouro com mais uma edição do Projeto Linda de Música e Artes Visuais, às 19 horas do sábado, dia 05, com o show da banda Gato Negro e a abertura da exposição “Multiplicidade: das margens lagunares ao caos urbano”, do escultor José Paulo, que ficará em cartaz durante todo o mês, na galeria do próprio Linda.


O projeto é uma realização do Instituto Zumbi dos Palmares e vem sendo desenvolvido desde 2008, oferecendo sempre uma mostra interessante e integrada, como o próprio nome sugere, do que vem sendo produzido na música e nas artes visuais em Alagoas, propiciando um diálogo entre as áreas e buscando a formação de público para ambas. A entrada para o show e visitação da exposição é gratuita e há sempre uma atividade a mais, envolvendo a comunidade de alunos da Rede Pública Estadual de Ensino, como o já tradicional momento para os estudantes conversarem com os artistas sobre o seu fazer artístico. A escolha das atrações é feita por uma curadoria permanente da equipe do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, que constantemente avalia a relevância artística dos trabalhos desenvolvidos em Alagoas, o atual momento de produção dos artistas, bem como questões de conveniência e importância para o público.

Gato Negro
Arapiraca é o berço musical desse power trio formado por Paulo Franco (vocais e guitarras), André Tenório (baixo e backing vocals) e Wilson Silva (bateria). Com influências que vão de Led Zeppelin a Roberto Carlos, a Gato Negro define o seu som como um soul brazuca com powerpop nordestino, um rótulo amplo, que serve como terreno fértil para a criatividade e bom gosto dos três músicos. O soul nos dá a noção de que é um som dançante, vindo da alma; o brazuca revela a origem dessa alma, o que dá um tempero específico ao ritmo e situa a temática das canções dentro do cotidiano de nossa gente; o powerpop explicita o grande potencial melódico da banda, com composições que conseguem ser novas em folha e soar familiares aos ouvidos do público, um verdadeiro arsenal de hits radiofônicos prontos para eclodir; e o nordestino revela-se no sotaque ostentado sem vacilo, na sonoridade ancestral muito bem resolvida e urbana que traz ainda mais identidade ao som dos caras: pop, familiar, mas instigante e com alma.
Gato Negro: Soul brazuca com power pop nordestino - Foto de divulgação

Uma boa amostra do trabalho da Gato Negro é o primeiro disco deles, Cio, lançado no final de 2015, com 11 canções autorais irrepreensíveis. Cio veio à tona depois de um longo período de gestação e desde lá vem conquistando público em diversos e importantes palcos por onde o trio tem passado, com frequência notável no circuito de shows principalmente em Maceió e Arapiraca. Um show que vale a pena conferir.

José Paulo
Natural de Chã Preta, José Paulo nem imaginava que seus caminhos o levariam às artes. Ainda na infância, fazia pincéis com gravetos e pelo de rabo de cavalo para pintar santos nas casas da vizinhança em troca de ovos, pintos, galinhas. Apesar dessa clara inclinação para o ofício, ele ainda não havia encontrado a sua forma de expressão artística. Mudou-se para Maceió (AL), onde se dedicou a marcenaria, profissão que o levou à serralharia e, algumas décadas depois, à escultura, quando se deparou, por acaso, com uma galinha feita de metal. A peça acendeu o pavio de sua criatividade e despertou o artista no artesão. O que era para ser apenas um exercício de serralharia, passou a ser o seu modo de transformar os objetos a sua volta com arte.

José Paulo, o criador, e sua criatura - Foto de Lilian Barbosa

Ao reutilizar materiais dos mais diversos, do metal à madeira, passando por recipientes de plástico, vidro, pneus, cascas, madeiras, pedras e sementes, José Paulo cria as mais cativantes figuras, que denomina como bichos-brinquedos. Seu processo envolve principalmente a intuição, até mais que a apurada técnica de 30 anos no batente de serralheiro e marceneiro. A sensibilidade e paixão com as quais lida com sua arte revelam uma sabedoria digna dos gurus, não à toa é conhecido como Mestre José Paulo, um sereno e modesto senhor que enxerga esculturas em galhos de árvore, em peças descartadas de carro e onde a maioria das pessoas enxerga apenas lixo, caos. A cidade é sua fonte de matéria-prima e é no seu ateliê, próximo da margem lagunar, que ele transforma suas visões em obras de arte. Vale a pena prestigiar.

Serviço
O que? Projeto Linda de Música e Artes Visuais, com o show da banda Gato Negro e abertura da exposição “Multiplicidade: das margens lagunares ao caos urbano – A arte escultórica do Mestre José Paulo”.
Quando? Dia 05 de agosto (sábado), às 19 horas
Onde? Espaço Cultural Linda Mascarenhas (IZP), na Avenida Fernandes Lima, Farol, em Maceió.
Quanto? Entrada Franca

A exposição ficará em cartaz na galeria do Espaço Linda, em horário comercial, até o dia 01 de setembro, com visitação gratuita. 

terça-feira, 11 de julho de 2017

Divulgação: Diversidades, de SDKQ Crew

Dançando na luta
SDKQ Crew apresenta espetáculo de dança que debate a diversidade

Diogo Braz


O grupo de danças urbanas SDKQ CREW apresentará o espetáculo Diversidades em duas sessões, no dia 28 de julho, no Espaço Cultural Linda Mascarenhas. A atividade faz parte de um projeto voluntário para jovens carentes e debate uma temática atual e ainda polêmica por meio da dança. 
Foto de divulgação

Os dançarinos revelam que a intenção do espetáculo é questionar vários estereótipos impostos pela sociedade, num momento em que as discussões em torno da diversidade estão cada vez mais ganhando espaço nos debates sociais. "Esses questionamentos ocorrem para que haja quebra de paradigmas, tabus e preconceitos; para que haja possibilidades para uma sociedade mais justa, com menos violência, com mais amor e igualdade" releva o grupo em seu release. "Nesse sentido, a dança pode ser uma expressão de disseminação da igualdade e de luta contra os preconceitos, pois a dança pode transformar sentimentos e promover reflexão e autoestima" explicam. 
Em Diversidades o SDKQ Crew promete dançar o amor, o respeito e a luta para construir a sociedade que desejam.
Foto de divulgação

O espetáculo será apresentador no Espaço Cultural Linda Mascarenhas no dia 28 de julho, às 19hs e 20h30, com direção e coreografia de Leonardo Emiliano, e o apoio cultural do Instituto Zumbi dos Palmares.

Arte de divulgação do espetáculo

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Divulgação: Temporada O Pequeno Príncipe, da Trupe do Linda

Teatro essencial, bem visível aos olhos
Alunos de teatro do Linda Mascarenhas entram em temporada com O Pequeno Príncipe

Diogo Braz

   Há cerca de seis anos, a oficina de Teatro do Espaço Cultural Linda Mascarenhas (Instituto Zumbi dos Palmares - IZP) tem construído pontes ao invés de muros. Com aulas gratuitas de teatro voltadas para alunos da Rede Pública de Ensino de Alagoas, o projeto idealizado pelo ator e diretor Carlos Alberto Barros formou um grupo dedicado de jovens talentos e apresenta agora mais uma de suas construções artísticas na temporada da peça “O Pequeno Príncipe”, em cartaz aos sábados e domingos de julho, no próprio Espaço Linda.
Foto de Diogo Braz

   Quando iniciou o projeto, Carlos Alberto – que também dá vida à companhia teatral Ozinformais – pensou em utilizar a arte como ferramenta pedagógica, que pudesse chamar a atenção de seus alunos para uma melhor convivência, uma melhor compreensão de si mesmos e de seu papel na sociedade. Descobriu o talento de alguns jovens para a dramaturgia, pessoas com sensibilidade artística e que souberam aproveitar o teatro como uma ferramenta de expressão. “A apresentação é apenas um detalhe. O objetivo é esse encontro deles: isso é mais importante que o resultado final”, revela o diretor.

Foto de divulgação

   Os estudantes participam das atividades, revezando-se entre as funções de ator, produção, luz, som, numa verdadeira imersão no fantástico mundo do teatro, descobrindo afinidades e até mesmo a possibilidade de atuação profissional na área. A peça “A primeira vez a gente nunca esquece” foi o primeiro resultado de todo esse processo, levado ao público com sucesso, inclusive com apresentações no complexo do Teatro Deodoro. Naquela oportunidade, a Trupe do Linda – nome com o qual o grupo se batizou – trabalhou de forma colaborativa no texto e montagem da peça, trabalhando questões e situações trazidas pelos próprios alunos durante as aulas da oficina.

Foto de Diogo Braz

   Agora, o desafio é imprimir a personalidade dessa trupe em um texto clássico do cultuado escritor francês Antointe de Saint- Exupéry. A adaptação e direção prometem dar um tom mais adolescente ao texto, mas sem descuidar de uma linguagem agradável para adultos e crianças. “A intenção é levar a plateia para um momento poético e singelo numa pegada mais jovem, que é o que os atores são”, adianta Carlos Alberto. Criatividade não falta para contar o encontro de um menino – que vivia sozinho em um planeta distante e pequeno como uma casa – com um aviador perdido no deserto. A história desses personagens que compartilham sentimentos e sonhos que encantam e tocam o coração parece familiar a esse grupo de alunos, ainda pequenos na idade e no tempo de palco, mas já imensos na vontade de encenar histórias e trocar experiências com o público: o essencial ao teatro. Uma peça que tem tudo para cativar todos.

Serviço
Temporada Teatral da peça “O Pequeno Príncipe”, da Trupe do Linda, formada por alunos da oficina de teatro do Espaço Cultural Linda Mascarenhas, do IZP.
Local: Espaço Cultural Linda Mascarenhas
Sessões pré-estreia para familiares e convidados: 08/07 e 09/07 às 17 horas
Sessões: Sábados e domingos de julho, às 17 horas (15/07, 16/07, 22/07, 23/07, 29/07 e 30/07)
Ingressos no valor de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), à venda no Espaço Cultural Linda Mascarenhas antes das sessões.

Informações: 82 98851-2664 | 82 99644-0429 | 82 99652-6104

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Projeto Linda de Música e Artes Visuais: Edson Bezerra e Lilian Barbosa (Divulgação)

De volta, em todos os gêneros
Projeto Linda de Música e Artes Visuais retorna com Edson Bezerra e Lilian Barbosa

Diogo Braz

O Espaço Cultural Linda Mascarenhas retomará sua programação normal neste dia 20, às 19 horas, com uma edição especial do Projeto Linda de Música e Artes Visuais, com o show “Românticas”, de Edson Bezerra, e a abertura da exposição “Opressão ao gênero feminino: O X da questão – Uma exposição baseada em fatos reais”, de Lilian Barbosa, que ficará em cartaz até junho, na galeria do próprio Linda.
Desde sua reabertura, em outubro de 2016, o aparelho cultural do Instituto Zumbi dos Palmares (IZP) estabeleceu uma programação mais concentrada em atividades educacionais, como oficinas culturais, workshops, debates, reuniões abertas, palestras e outros. Por isso, o Projeto Linda de Música e Artes Visuais teve uma mudança no seu conceito. “Já existem alguns bons projetos que contemplam a música e as artes visuais na cidade, seja no Arena, no Misa, no Sesc e aqui mesmo”, observa o cantor Junior Almeida, Gerente do Espaço Linda. “Queríamos encontrar um novo formato para o projeto, que desse oportunidade ao público de conhecer os artistas em suas vertentes mais diferentes, de ampliar debates e construir algo mais próximo dessa linha voltada para a educação”, explica.

Neste sentido, o projeto visa ampliar um diálogo artístico e conceitual entre os trabalhos do cantor, sociólogo e professor universitário Edson Bezerra e da artista multilinguagem Lilian Barbosa, em rodas de conversa abertas ao público sobre questões de gênero e a violência, aproveitando a proximidade da data que marca o combate à violência sexual contra crianças e adolescentes em todo o Brasil. As rodas de conversa terão mediação dos artistas e acontecerão no Espaço Linda Mascarenhas, às tardes de segunda e quarta, a partir das 13 horas, de 22 a 31 de maio. Vale destacar que todas as atividades do projeto têm entrada gratuita.

Edson Bezerra

Alguns podem lembrar apenas do viés acadêmico deste inquieto sociólogo e professor alagoano, pois Edson Bezerra tem destacada atuação nesse meio, sendo idealizador do importante e celebrado Manifesto Sururu. Distante dos palcos há cerca de dez anos, Edson  também guarda uma importante história na música alagoana, tendo sido integrante do lendário Grupo Terra, no começo dos anos 80, e ganhador de muitos festivais universitários de música. Além disso, também compôs em parceria com Carlos Moura, Marcelo Melo (Quinteto Violado) e Chico Elpídio. Desde lá, atuou entre períodos de latência e atividade, brindando o público com performances marcantes e deixando todos ansiosos por mais. 
Edson Bezerra está de volta aos palcos - Foto de divulgação
Neste aguardado retorno, Edson Bezerra apresentará o show “Românticas”. O título já fala por si mesmo, pois trata-se de um show no qual Edson, em seu viés intérprete, fará releituras de clássicos intimistas e românticos da música popular brasileira, como é o caso de Ninguém vai chorar por ninguém (Antônio Marcos) e Aceito o seu coração (Roberto Carlos), além de celebrar autores alagoanos como Chico Elpídio, Júnior Almeida e ele próprio, em seu viés compositor. O artista optou por não apresentar um repertório exclusivamente autoral neste seu retorno, por acreditar que um show composto por clássicos românticos fará o contraponto perfeito com o trabalho de Lilian Barbosa. “Enquanto a exposição da Lilian se trata de uma estética de choque, Românticas, no contexto da tradição, se desdobrará no possível”, explica o cantor.
Para apresentar as canções do show, Edson Bezerra escolheu um formato acústico e mais intimista, que privilegia a interpretação. No palco, ele estará muito bem acompanhado pelos violões de Toni Augusto (que também assina a direção musical) e Jacques Setton: imperdível.

Lilian Barbosa
Artista autodidata, a maceioense Lilian Barbosa produz arte desde criança, mas estabeleceu sua estreia profissional em 2009, quando abriu o próprio ateliê, no bairro do Farol. Por volta desse período, foi iniciada no teatro sob direção do saudoso Glauber Teixeira, quando descobriu a performance como linguagem artística complementar de seu prolífico trabalho. Sem apego a rótulos, Lilian se denomina uma artista multilinguagem, que trabalha artes integradas, utilizando-se de elementos de design de moda, figurino, adereço, escultura, arte sustentável, instalação e, claro, as ações performativas.

Arte multilinguagem de Lilian Barbosa - Foto de divulgação

O ímpeto artístico de Lilian e todos os seus trabalhos buscam causar reflexão e debate sobre temas muitas vezes incômodos, que boa parte das pessoas evitam tratar. A sua arte é ativista, objetivando sempre despertar a consciência das pessoas a respeito de sustentabilidade, as diversas violências no ambiente e para a necessidade de uma equiparação de gêneros. A artista sempre esteve atenta a essa questão, conviveu desde cedo com pessoas de todos os gêneros e, por ver a injustiça social contra transgêneros, entendeu a arte como uma via para o diálogo e para abordar esse tema. “A intenção é problematizar para humanizar pessoas”, revela.
Todas as obras expostas em “Opressão ao gênero feminino: O X da questão” são baseadas em histórias reais de mulheres cis e trans que sofreram e sofrem violência diariamente em uma sociedade heterocentrada ainda repleta de homofobia e transfobia. “Infelizmente, nossa sociedade ainda não desenvolveu uma educação voltada para aceitar o que é diferente do padrão. Falta bastante informação”, explica. Por isso, Lilian gosta de estar nas ruas, expondo seus trabalhos e dialogando com as pessoas. “Eu gosto de apresentar meu trabalho nas ruas, mas é importante trazê-lo para as galerias, para ocupar espaços, trazer esses questionamentos para os espaços institucionalizados e fazer com que as pessoas tenham informação sobre esse tema”, avalia a artista.

Serviço
O que? Projeto Linda de Música e Artes Visuais, com o show “Românticas”, de Edson Bezerra, e abertura da exposição “Opressão ao gênero feminino: O X da questão – Uma exposição baseada em fatos reais”, de Lilian Barbosa.
Quando? Dia 20 de maio, às 19 horas
Onde? Espaço Cultural Linda Mascarenhas (IZP), na Avenida Fernandes Lima, Farol, em Maceió.
Quanto? Entrada Franca
Importante: A exposição tem classificação etária de 14 anos e ficará em cartaz na galeria do Espaço Linda, em horário comercial, até o dia 23 de junho, com visitação gratuita.

As rodas de conversa acontecerão às segundas e quartas, entre 22 e 31 de maio, sempre às 13 horas, também com entrada franca.